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Jornalistas são assaltados em hotel na África do Sul
Um deles sofre ameaça, e segurança do treino de Portugal é reforçada
MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A MAGALIESBURGO
Três jornalistas foram assaltados ontem no hotel em
que estavam hospedados,
nas proximidades de Magaliesburgo, cidade de 10 mil
habitantes distante 70 quilômetros de Johannesburgo.
O espanhol Miguel Serrano, repórter do jornal "Marca", e os portugueses Antônio Simões, fotógrafo do diário "O Jogo", e Rui Gustavo,
repórter do semanário "Expresso", tiveram todos os
seus pertences roubados.
Foram levados documentos, roupas, dinheiro, cartões
de crédito, equipamento fotográfico e computadores.
O assalto ocorreu às 5h (0h
em Brasília). Os três jornalistas tiveram seus apartamentos invadidos simultaneamente por homens armados.
Serrano e Gustavo não acordaram enquanto seus armários eram esvaziados.
Simões acordou e logo
uma arma foi encostada em
sua cabeça. Ouviu a ordem
para ficar calado. Obedeceu.
Os ladrões botaram tudo numa camionete e fugiram.
"A segurança no hotel é
feita por apenas um homem", contou Manuel Sainz,
repórter do "As", que estava
hospedado no mesmo hotel.
Acionada, a polícia chegou 15 minutos depois. No
caminho entre o carro e os
quartos, acharam o passaporte de um dos assaltados.
Um dos ladrões foi preso
ainda ontem de manhã, depois que um dos celulares
roubados foi rastreado.
Reno Maurício, diretor da
agência de turismo que recepcionou o grupo de 20 jornalistas hospedados naquele
hotel, minimizou o caso.
"Também tivemos assaltos na Euro de 2004, em Portugal", disse. "A África do Sul
não é um país perigoso."
CENTENAS DE POLICIAIS
O assalto resultou num reforço de policiamento no treino de Portugal, às 11h locais.
Havia barreiras nas estradas de acesso à escola onde
ocorrem os treinos, com centenas de policiais em volta do
campo e carros revistados.
Após o assalto, a maioria
dos jornalistas hospedados
no local quis se mudar para
Johannesburgo ou Pretória.
Pedro Teles, representante
da polícia portuguesa na
África do Sul, chegou a oferecer escolta armada nos deslocamentos entre a hospedagem e o local onde a seleção
portuguesa treina. A hipótese foi descartada porque a
polícia sul-africana não tinha como atender ao pedido.
Até o início da noite, os jornalistas que estavam hospedados no hotel não sabiam
onde dormiriam.
A maior parte das redes de
TV que cobre a Copa do Mundo, inclusive as brasileiras,
tem utilizado serviço de escolta armada no país.
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