São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2010

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Jornalistas são assaltados em hotel na África do Sul

Um deles sofre ameaça, e segurança do treino de Portugal é reforçada

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A MAGALIESBURGO

Três jornalistas foram assaltados ontem no hotel em que estavam hospedados, nas proximidades de Magaliesburgo, cidade de 10 mil habitantes distante 70 quilômetros de Johannesburgo.
O espanhol Miguel Serrano, repórter do jornal "Marca", e os portugueses Antônio Simões, fotógrafo do diário "O Jogo", e Rui Gustavo, repórter do semanário "Expresso", tiveram todos os seus pertences roubados.
Foram levados documentos, roupas, dinheiro, cartões de crédito, equipamento fotográfico e computadores.
O assalto ocorreu às 5h (0h em Brasília). Os três jornalistas tiveram seus apartamentos invadidos simultaneamente por homens armados. Serrano e Gustavo não acordaram enquanto seus armários eram esvaziados.
Simões acordou e logo uma arma foi encostada em sua cabeça. Ouviu a ordem para ficar calado. Obedeceu. Os ladrões botaram tudo numa camionete e fugiram.
"A segurança no hotel é feita por apenas um homem", contou Manuel Sainz, repórter do "As", que estava hospedado no mesmo hotel.
Acionada, a polícia chegou 15 minutos depois. No caminho entre o carro e os quartos, acharam o passaporte de um dos assaltados.
Um dos ladrões foi preso ainda ontem de manhã, depois que um dos celulares roubados foi rastreado.
Reno Maurício, diretor da agência de turismo que recepcionou o grupo de 20 jornalistas hospedados naquele hotel, minimizou o caso.
"Também tivemos assaltos na Euro de 2004, em Portugal", disse. "A África do Sul não é um país perigoso."

CENTENAS DE POLICIAIS
O assalto resultou num reforço de policiamento no treino de Portugal, às 11h locais.
Havia barreiras nas estradas de acesso à escola onde ocorrem os treinos, com centenas de policiais em volta do campo e carros revistados.
Após o assalto, a maioria dos jornalistas hospedados no local quis se mudar para Johannesburgo ou Pretória.
Pedro Teles, representante da polícia portuguesa na África do Sul, chegou a oferecer escolta armada nos deslocamentos entre a hospedagem e o local onde a seleção portuguesa treina. A hipótese foi descartada porque a polícia sul-africana não tinha como atender ao pedido.
Até o início da noite, os jornalistas que estavam hospedados no hotel não sabiam onde dormiriam.
A maior parte das redes de TV que cobre a Copa do Mundo, inclusive as brasileiras, tem utilizado serviço de escolta armada no país.


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