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Palmeiras transforma Kleber em ícone do clube
Diretoria capitaliza a chegada do atleta, exibido como garoto-propaganda
RENAN CACIOLI
DE SÃO PAULO
O Palmeiras transformou
um atleta que jogara menos
de um ano pelo clube no seu
principal cartão de visitas
atual. Kleber ganhou, de
uma só vez, status de ídolo e
de garoto-propaganda.
Entre a data da estreia de
Kleber em 2008, 27 de fevereiro, e a despedida, em 7 de
dezembro, passaram-se 285
dias. Ontem, no entanto, parecia que a diretoria repatriara o ícone de uma década.
"Você tem poucos jogadores com essa identificação
com o clube. Achava isso necessário para dar energia ao
grupo", afirmou o presidente, Luiz Gonzaga Belluzzo.
Essa sinergia, ratificada
depois pela torcida, foi utilizada pelos cartolas em diversas frentes. Kleber não se limitou a distribuir bolas autografadas, acenos e o tradicional beijo no escudo do time.
Antes mesmo que ele fizesse a primeira aparição à torcida, no CT, surgiu o novo modelo da Fiat, oficializada ontem como patrocinadora da
equipe. O atacante chegou ao
campo dirigindo o automóvel, em cuja placa se lia "Gladiador", apelido do atleta.
Ele repetiria o gesto mais
tarde, quando entrou no ginásio "pilotando", enquanto
no telão era exibido comercial da montadora italiana.
As primeiras palavras de
Kleber aos 400 sócios presentes foram pura emoção:
"Eu nunca deveria ter saído".
Já as posteriores foram pura razão. Kleber falou da importância do sócio-torcedor
para o clube. Não por acaso.
O Avanti, programa lançado no fim de 2009, é a segunda tentativa recente do marketing de fidelização com a
torcida. Até o momento, porém, pouco mais de 2.000
aderiram. A meta inicial era
atrair 50 mil em seis meses.
Ou seja, além de fazer gols,
na teoria a principal razão
para tanto esforço dos dirigentes em tirar o jogador do
Cruzeiro -ao custo de quase
R$ 7 milhões-, Kleber veio
para preencher uma lacuna.
Desde o afastamento do
meia Diego Souza, o time não
tem mais ídolos, exceção feita ao goleiro Marcos, que, por
sinal, vai se aposentar ao término desta temporada.
A próxima meta de Belluzzo é repatriar Valdivia, outro
nome conduzido à condição
de "ícone a jato". Como se verificou ontem, o suficiente
para encantar a massa.
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