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Na disputa de pênaltis, cobrança do lateral Grosso encerra tabu italiano
DOS ENVIADOS A BERLIM
A cobrança de Fabio Grosso,
que levou a Itália ao tetra, também enterrou o trauma do país
nas disputas de pênaltis. Nos
quatro Mundiais anteriores, os
italianos caíram após empate
no tempo normal. Em três dessas ocasiões, perderam na disputa de chutes diretos.
A derrota mais sentida havia
sido em 1994, para o Brasil. Depois de 0 a 0, o único na história
das finais de Copa, Roberto
Baggio, então ídolo italiano,
desperdiçou sua cobrança e
deu o tetra aos brasileiros.
Em 1990, as cobranças tiraram o time na semifinal, contra
a Argentina. A algoz nos pênaltis em 1998 foi a França, nas
quartas-de-final. Quatro anos
mais tarde, a eliminação foi na
prorrogação, contra a Coréia do
Sul, nas oitavas-de-final.
Grosso fechou uma série de
disparos perfeitos dos italianos. Antes dele, Pirlo, Materazzi, De Rossi e Del Piero tinham
vencido o francês Barthez.
Trezeguet foi o vilão da França, ao acertar o travessão logo
na segunda cobrança. "Não
acho que bati mal. É importante assumir as responsabilidades e manter a cabeça erguida."
Já no tempo normal, os franceses levaram um susto. No pênalti em que Zidane abriu o placar, a bola bater no travessão e
nem encostou na rede.
A perfeição italiana não foi
resultado de muito treino, pelo
menos não na véspera. Um dia
antes da final, só Camoranesi e
Totti, uma vez cada um, treinaram. Nenhum cobrou ontem.
Já o gol de empate dos italianos saiu de uma jogada muito
treinada: a cobrança de escanteios. Materazzi marcou de cabeça, ainda no primeiro tempo.
No último treino, Marcello
Lippi insistira nos contra-ataques, mas a Itália acusou a fadiga. "Honestamente, nosso time
caiu um pouco na segunda etapa, estava um pouco cansado",
disse Lippi.
(FV, GR, PC, RP E RBU)
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