São Paulo, segunda-feira, 10 de julho de 2006

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Na disputa de pênaltis, cobrança do lateral Grosso encerra tabu italiano

DOS ENVIADOS A BERLIM

A cobrança de Fabio Grosso, que levou a Itália ao tetra, também enterrou o trauma do país nas disputas de pênaltis. Nos quatro Mundiais anteriores, os italianos caíram após empate no tempo normal. Em três dessas ocasiões, perderam na disputa de chutes diretos.
A derrota mais sentida havia sido em 1994, para o Brasil. Depois de 0 a 0, o único na história das finais de Copa, Roberto Baggio, então ídolo italiano, desperdiçou sua cobrança e deu o tetra aos brasileiros.
Em 1990, as cobranças tiraram o time na semifinal, contra a Argentina. A algoz nos pênaltis em 1998 foi a França, nas quartas-de-final. Quatro anos mais tarde, a eliminação foi na prorrogação, contra a Coréia do Sul, nas oitavas-de-final.
Grosso fechou uma série de disparos perfeitos dos italianos. Antes dele, Pirlo, Materazzi, De Rossi e Del Piero tinham vencido o francês Barthez.
Trezeguet foi o vilão da França, ao acertar o travessão logo na segunda cobrança. "Não acho que bati mal. É importante assumir as responsabilidades e manter a cabeça erguida."
Já no tempo normal, os franceses levaram um susto. No pênalti em que Zidane abriu o placar, a bola bater no travessão e nem encostou na rede.
A perfeição italiana não foi resultado de muito treino, pelo menos não na véspera. Um dia antes da final, só Camoranesi e Totti, uma vez cada um, treinaram. Nenhum cobrou ontem.
Já o gol de empate dos italianos saiu de uma jogada muito treinada: a cobrança de escanteios. Materazzi marcou de cabeça, ainda no primeiro tempo.
No último treino, Marcello Lippi insistira nos contra-ataques, mas a Itália acusou a fadiga. "Honestamente, nosso time caiu um pouco na segunda etapa, estava um pouco cansado", disse Lippi. (FV, GR, PC, RP E RBU)


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