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Conquista coroa jogo coletivo
Itália foi a seleção que mais escalou atletas no Mundial e a que teve mais jogadores marcando gols
Marcello Lippi, treinador
campeão, diz que todos no
grupo foram importantes,
de quem jogou 20 minutos a
quem atuou em todos jogos
DOS ENVIADOS A BERLIM
O título da Copa da Alemanha, promovida com o slogan
"Tempo de Fazer Amigos", ficou justamente com o time que
mais representou a união pregada pela Fifa. A vitória da Itália foi o triunfo do jogo coletivo.
Nenhum país escalou tantos
jogadores, precisou de tantos
para marcar gols e teve um motivo tão forte para se unir: o escândalo de resultados armados
no Nacional que pode mandar
parte dos tetracampeões para a
divisões inferiores.
"O ponto forte da Itália é que
todos nós trabalhamos juntos
pelo mesmo objetivo. Somos de
fato 11 homens em campo. Jogamos sempre com muito coração", disse Camoranesi.
E de fato todos estavam juntos. Só os dois goleiros reservas
não participaram de ao menos
uma partida do Mundial. Nenhum treinador comemorou
gols de tantos jogadores. Os 12
tentos que levaram os italianos
ao tetra foram de dez atletas.
O jogo coletivo valeu um recorde. Nunca na história das
Copas o campeão construiu
suas vitórias com tantos jogadores balançando a rede.
"Mostramos que temos um
grande grupo. Ninguém pensava que ganharíamos a Copa. Só
pensávamos em passar da primeira fase e ver o que aconteceria. Provamos que a Itália é um
grupo com espírito e sem egoísmo", falou o goleiro Buffon.
Após a conquista, o técnico
Marcello Lippi esforçou-se para lembrar de todos do time.
"Foi tão importante a participação de quem jogou 20 minutos como de quem atuou em todas as partidas", disse ele.
"Mexemos na equipe de
acordo com as nossas necessidades. Os jogadores entenderam isso", completou.
Mas ao ser questionado sobre destaques individuais, citou Buffon e o zagueiro Cannavaro. Parece ter se arrependido
de por alguns minutos de deixar de lado a coletividade do time. Interrompeu a pergunta
seguinte, ao ver que ela era sobre os atletas que ele destacara.
"Vamos passar para próxima."
A imagem dos italianos poucos minutos antes da conquista
do título não sugeria um time
tão unido. Enquanto os franceses torciam por seus cobradores abraçados, numa corrente,
os italianos estavam separados.
Só algumas duplas estavam
abraçadas.
(FÁBIO VICTOR, GUILHERME ROSEGUINI, PAULO COBOS, RICARDO
PERRONE E RODRIGO BUENO)
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