São Paulo, segunda-feira, 10 de julho de 2006

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Conquista coroa jogo coletivo

Itália foi a seleção que mais escalou atletas no Mundial e a que teve mais jogadores marcando gols

Marcello Lippi, treinador campeão, diz que todos no grupo foram importantes, de quem jogou 20 minutos a quem atuou em todos jogos


DOS ENVIADOS A BERLIM

O título da Copa da Alemanha, promovida com o slogan "Tempo de Fazer Amigos", ficou justamente com o time que mais representou a união pregada pela Fifa. A vitória da Itália foi o triunfo do jogo coletivo.
Nenhum país escalou tantos jogadores, precisou de tantos para marcar gols e teve um motivo tão forte para se unir: o escândalo de resultados armados no Nacional que pode mandar parte dos tetracampeões para a divisões inferiores.
"O ponto forte da Itália é que todos nós trabalhamos juntos pelo mesmo objetivo. Somos de fato 11 homens em campo. Jogamos sempre com muito coração", disse Camoranesi.
E de fato todos estavam juntos. Só os dois goleiros reservas não participaram de ao menos uma partida do Mundial. Nenhum treinador comemorou gols de tantos jogadores. Os 12 tentos que levaram os italianos ao tetra foram de dez atletas.
O jogo coletivo valeu um recorde. Nunca na história das Copas o campeão construiu suas vitórias com tantos jogadores balançando a rede.
"Mostramos que temos um grande grupo. Ninguém pensava que ganharíamos a Copa. Só pensávamos em passar da primeira fase e ver o que aconteceria. Provamos que a Itália é um grupo com espírito e sem egoísmo", falou o goleiro Buffon.
Após a conquista, o técnico Marcello Lippi esforçou-se para lembrar de todos do time. "Foi tão importante a participação de quem jogou 20 minutos como de quem atuou em todas as partidas", disse ele.
"Mexemos na equipe de acordo com as nossas necessidades. Os jogadores entenderam isso", completou.
Mas ao ser questionado sobre destaques individuais, citou Buffon e o zagueiro Cannavaro. Parece ter se arrependido de por alguns minutos de deixar de lado a coletividade do time. Interrompeu a pergunta seguinte, ao ver que ela era sobre os atletas que ele destacara. "Vamos passar para próxima."
A imagem dos italianos poucos minutos antes da conquista do título não sugeria um time tão unido. Enquanto os franceses torciam por seus cobradores abraçados, numa corrente, os italianos estavam separados. Só algumas duplas estavam abraçadas. (FÁBIO VICTOR, GUILHERME ROSEGUINI, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E RODRIGO BUENO)

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