São Paulo, segunda-feira, 10 de julho de 2006

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Artilharia é a menor desde 62

No Mundial da segunda pior média de gols, alemão Klose é o principal goleador, com cinco tentos

Última vez em que artilheiro fechou a Copa com menos de seis tentos foi quando cada país fazia no máximo seis jogos na competição


LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

O atacante alemão Miroslav Klose, 28, é o artilheiro de Copa com o menor número de gols marcados em 44 anos. Pelo feito, receberá de prêmio a "chuteira de ouro", distinção que a Fifa outorga a quem mais balança as redes no torneio.
Com cinco tentos, o jogador, que costumava ser substituído nos jogos da Alemanha, foi o principal goleador do Mundial de 2006, o primeiro desde 1962 no qual o artilheiro não superou a barreira dos cinco gols.
Naquela edição, porém, o número máximo de jogos que uma seleção poderia fazer era seis, um a menos que a quantidade atual para os semifinalistas, como a seleção alemã, e também para os finalistas.
Mesmo assim, a média de gols da artilharia do Mundial do Chile (0,67 por jogo) ainda é a menor da história. A marca de Klose, 0,71, é a segunda mais baixa de um máximo goleador em todos os tempos.
A baixa produtividade do artilheiro do certame reflete uma tendência do Mundial de 2006, que, com média de 2,30 tentos por jogo, entra para a história pelo fato de nenhum atleta ter marcado três vezes no mesmo jogo e pela segunda média de gols mais baixa de todos os tempos -atrás só da Copa-90, na Itália, que teve 2,21.
Desde a edição de 62, quando seis atletas marcaram quatro gols -entre eles, os brasileiros Garrincha e Vavá-, a maioria das Copas teve artilheiros com seis gols. Do Mundial da Argentina, em 78, até a edição na França, 20 anos mais tarde, sempre os principais goleadores anotaram seis vezes.
O recordista de gols em uma única edição é Just Fontaine, com 13 em 1958 -quatro só na decisão do bronze, em que a França fez 6 a 3 na Alemanha.
Considerando todas as edições, o principal goleador da história das Copas é Ronaldo, que, com os três gols feitos em 2006, passou o alemão Gerd Müller e foi a 15 em Copas. O brasileiro também ficará com a "chuteira de bronze", por seus três gols. A de prata vai para o argentino Crespo, que também marcou três vezes, mas em menos tempo que Ronaldo.
Ao lado da Espanha, o Brasil ganhou o prêmio "fair play" (jogo limpo), e Portugal foi eleito o time que mais entreteve.


Com agências internacionais

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