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Artilharia é a menor desde 62
No Mundial da segunda pior média de gols, alemão Klose é o principal goleador, com cinco tentos
Última vez em que artilheiro fechou a Copa com menos de seis tentos foi quando cada país fazia no máximo seis jogos na competição
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
O atacante alemão Miroslav
Klose, 28, é o artilheiro de Copa
com o menor número de gols
marcados em 44 anos. Pelo feito, receberá de prêmio a "chuteira de ouro", distinção que a
Fifa outorga a quem mais balança as redes no torneio.
Com cinco tentos, o jogador,
que costumava ser substituído
nos jogos da Alemanha, foi o
principal goleador do Mundial
de 2006, o primeiro desde 1962
no qual o artilheiro não superou a barreira dos cinco gols.
Naquela edição, porém, o número máximo de jogos que
uma seleção poderia fazer era
seis, um a menos que a quantidade atual para os semifinalistas, como a seleção alemã, e
também para os finalistas.
Mesmo assim, a média de
gols da artilharia do Mundial
do Chile (0,67 por jogo) ainda é
a menor da história. A marca de
Klose, 0,71, é a segunda mais
baixa de um máximo goleador
em todos os tempos.
A baixa produtividade do artilheiro do certame reflete uma
tendência do Mundial de 2006,
que, com média de 2,30 tentos
por jogo, entra para a história
pelo fato de nenhum atleta ter
marcado três vezes no mesmo
jogo e pela segunda média de
gols mais baixa de todos os
tempos -atrás só da Copa-90,
na Itália, que teve 2,21.
Desde a edição de 62, quando
seis atletas marcaram quatro
gols -entre eles, os brasileiros
Garrincha e Vavá-, a maioria
das Copas teve artilheiros com
seis gols. Do Mundial da Argentina, em 78, até a edição na
França, 20 anos mais tarde,
sempre os principais goleadores anotaram seis vezes.
O recordista de gols em uma
única edição é Just Fontaine,
com 13 em 1958 -quatro só na
decisão do bronze, em que a
França fez 6 a 3 na Alemanha.
Considerando todas as edições, o principal goleador da
história das Copas é Ronaldo,
que, com os três gols feitos em
2006, passou o alemão Gerd
Müller e foi a 15 em Copas. O
brasileiro também ficará com a
"chuteira de bronze", por seus
três gols. A de prata vai para o
argentino Crespo, que também
marcou três vezes, mas em menos tempo que Ronaldo.
Ao lado da Espanha, o Brasil
ganhou o prêmio "fair play" (jogo limpo), e Portugal foi eleito o
time que mais entreteve.
Com agências internacionais
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