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Copa vê pior América do Sul desde 82
Continente permite empate europeu em número de títulos (nove cada um) e tem representantes em queda no ranking
Única seleção da região a subir no Ranking Folha é a do Equador, que ocupa agora a 46ª posição; Uruguai passa a ser o pior campeão, em 8º
DA REPORTAGEM LOCAL
A Copa do Mundo da Alemanha foi a pior para a América do
Sul nos últimos 24 anos. Desde
o Mundial da Espanha, em
1982, que o continente não deixava de emplacar uma seleção
nas semifinais do torneio.
Bom para a Europa, que monopolizou os quatro primeiros
lugares -algo que ocorreu também pela última vez em 1982-
e empatou com a América do
Sul em número de títulos. Cada
continente agora tem nove taças erguidas em Copas.
A debacle sul-americana é
vista de igual forma no Ranking
Folha das Copas. A pontuação
média dos quatro representantes do continente na Alemanha
foi a pior também desde 1982.
Quem não atravessou o oceano rumo aos gramados germânicos deu o azar de ver os rivais
diretos com boas atuações.
Foi o caso da seleção uruguaia, campeã em 1930 e 1950.
Potência incontestável até a
Copa de 1970, quando acabou
em quarto lugar, a Celeste desde então não teve mais nenhuma atuação de destaque em
Mundiais. Foi eliminada pela
Austrália nos pênaltis que decidiram a última vaga à Copa-06.
O Uruguai agora é a pior das
sete seleções campeãs de Mundiais no ranking. O país está em
oitavo, duas posições aquém do
lugar que ocupava em 2002,
quando foi mal na Copa da Coréia do Sul e do Japão, não passando nem da primeira fase.
Os demais sul-americanos
que jogaram Copas e não estiveram na Alemanha foram Colômbia, que manteve sua 36ª
posição, Chile, de 21º para 22º,
Peru, de 27º para 29º, e Bolívia,
que despencou de 50º para 55º.
Caminho inverso fez o Equador, única seleção do continente a subir no ranking. Em sua
segunda participação em Mundiais, pulou da 57ª para a 46ª
posição, fruto de suas duas vitórias e da ida às oitavas-de-final, quando perdeu para a Inglaterra de David Beckham.
O Paraguai teve campanha
pior. Caiu fora logo na primeira
fase, perdendo dois de seus três
jogos. Mas manteve seu 24º lugar no ranking das Copas.
Da Argentina se esperava
mais depois dos 6 a 0 na Sérvia
e Montenegro, na maior goleada registrada neste Mundial. A
seleção albiceleste lutou muito,
mas parou nas luvas do alemão
Jens Lehmann nas quartas-de-final. Estacionou no quarto lugar do ranking e ainda viu a Itália, terceira, aumentar sua distância de 425 para 585 pontos.
O único motivo de orgulho
para o continente na Copa foi a
arbitragem, a mesma que sofreu abalos com os escândalos
no Brasileiro e na Libertadores
do ano passado. Juiz da final de
ontem, o argentino Horacio
Elizondo foi apenas o segundo
na história a comandar a abertura e a decisão de um mesmo
Mundial. Um sul-americano
não atuava na final de uma Copa desde o México-1986, com o
brasileiro Romualdo Arppi Filho.
(TALES TORRAGA)
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