|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
coincidência
Brasil repete passos da vitória de 2004
Caminho na Copa América da Venezuela mostra muitas semelhanças com a campanha vitoriosa no Peru, há três anos
Assim como a seleção de
Parreira, equipe de Dunga
foi segunda em seu grupo,
goleou nas quartas e pega
Uruguai nas semifinais
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A PUERTO LA CRUZ
Se no começo a seleção de
Dunga na Copa América lembrava em muitos aspectos a
equipe que fracassou no Pré-Olímpico de 2004, agora começam a se multiplicar as coincidências, como o choque de hoje
nas semifinais com o Uruguai,
com a campanha bem-sucedida
na Copa América daquele ano.
Como na competição anterior no Peru, o Brasil precisa
passar pela Celeste Olímpica
no penúltimo mata-mata. O jogo desta noite acontece em Maracaibo, na Venezuela, e pode
levar a uma final com a Argentina -em 2004, a seleção brasileira triunfou passando em seqüência pelos dois rivais.
A equipe que era treinada por
Carlos Alberto Parreira ganhou
duas partidas e perdeu uma na
primeira fase, assim como a de
Dunga. Ambos os times avançaram como vices de seus grupos e golearam nas quartas-de-final, pegando moral.
No sábado, em sua melhor
atuação na Copa América, o
Brasil de Dunga atropelou o
Chile (6 a 1). Há três anos, a seleção de Parreira iniciava o mata-mata com 4 a 0 no México.
Dois jogadores que foram titulares contra o Uruguai em
2004 começam jogando hoje
pelo Brasil: o lateral-direito
Maicon e o zagueiro Juan.
""Brasil e Uruguai têm uma rivalidade que não acaba nunca.
Mas muita coisa mudou de
2004 para cá. Só eu mudei duas
vezes de time", falou Maicon.
Júlio Baptista, o armador do
atual time, entrou no segundo
tempo no duelo de três anos
atrás, assim como Diego, meia
que fica na reserva hoje.
Taticamente, é possível até
falar que os times são parecidos. O Brasil de 2004 e o de agora atuam no 4-4-2. E, curiosamente, podem ser vistos como
times de três volantes. Dunga
usa Gilberto Silva, Mineiro e
Josué, três marcadores.
A equipe brasileira campeã
de 2004 tinha no meio Kléberson, Edu e Renato. Os dois primeiros são volantes de fato, e
Renato, dependendo do esquema, pode atuar nessa função.
Naquele time, o armador era
Alex (talvez aí esteja a grande
diferença), e os outros três atletas do meio marcavam.
Desde o início dos treinos na
Granja Comary, Dunga se mostrou uma espécie de clone de
Parreira, priorizando treinos
na metade do campo e a posse
de bola. Na Venezuela, defendeu o ""futebol de competição".
Uma curiosidade entre os times brasileiros de 2004 e o de
agora: na equipe que triunfou
no Peru, Luisão era um dos zagueiros titulares. Agora, seu irmão Alex Silva é suplente.
Se você acredita mesmo em
coincidências, bom se preparar
para fortes emoções hoje. A semifinal entre Brasil e Uruguai
há três anos terminou 1 a 1. E a
seleção pentacampeã venceu
por 5 a 3, nos pênaltis.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Dunga curte o acaso do futebol e impõe filosofia Índice
|