Volante santista, flagrado em março em antidoping em jogo pela Libertadores, foi punido pela Conmebol

DO ENVIADO A SANTOS

A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) anunciou ontem que o volante santista Rodrigo Souto, pego em exame antidoping realizado no dia 19 de março, foi suspenso por dois anos. Segundo a confederação, o exame feito após a partida entre San José e Santos, na Bolívia, pela Libertadores, deu positivo para a substância benzoilecgonina -um subproduto da cocaína.
De acordo com a Conmebol, a decisão é inapelável. A punição começou a vigorar desde o dia 20 de junho -data em que a contraprova foi realizada- e vale, em princípio, só para as competições organizadas pela confederação sul-americana.
Ainda assim, Souto deve ser impedido de atuar em qualquer torneio. Isso porque, em casos como esse, a CBF também é notificada e aplica a punição.
"Quando há uma suspensão imposta por uma das confederações da Fifa, isso tem que se estender para os outros membros", explica Thomaz Mattos de Paiva, advogado especialista em direito desportivo.
Ontem, na Vila Belmiro, a torcida exibiu uma faixa de apoio ao jogador ("Confiamos em seu caráter", dizia a peça), que procurou demonstrar tranqüilidade. "Agradeço pela manifestação de carinho. Agora é sentar com o departamento jurídico e ver o que pode ser feito", disse. No jogo, Souto levou o terceiro amarelo e está fora da partida de domingo, contra o Botafogo, também em Santos.
De acordo com Nestor Benítez, assessor de imprensa da Conmebol, a CBF e a Fifa já foram notificadas sobre o caso. "Cabe à CBF tomar as providências", disse Benítez.
A assessoria de imprensa da entidade nacional disse ontem que não havia sido informada. A diretoria do Santos também afirmou ignorar a punição.
O jogador nega que tenha se dopado, mas não descarta ter tomado ou comido algo considerado dopante. O clube estudava alegar que Souto tomou, sem ter conhecimento de que o fazia, chá de coca. (RV)


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