São Paulo, sábado, 10 de julho de 2010

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Aprovados

Rivais hoje pelo 3º lugar , alemão Löw e uruguaio Tabárez são elogiados e devem ficar até 2014

Uruguai x Alemanha
Partida em Port Elizabeth, às 15h30, define quem fatura o bronze na Copa

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A PORT ELIZABETH

Juntando forças para disputar o terceiro lugar da Copa, Alemanha e Uruguai aprovaram completamente o trabalho de seus treinadores.
Pelo desejo manifestado pelos dirigentes e pelos jogadores, ambos devem estender o contrato com as suas respectivas federações.
Franz Beckenbauer, maior lenda do futebol alemão, já rasgava elogios a Joachim Löw durante a Copa, dizendo que jamais o time havia jogado de forma tão atraente como agora. Após a eliminação diante da Espanha, ele pediu a renovação do contrato do treinador, assim como o capitão Lahm e outros atletas.
"O estilo de jogo surpreendeu a todos, inclusive na Alemanha. Löw foi corajoso ao dar chance a novos jogadores", disse Beckenbauer.
Para o ídolo alemão, o time, que tem jogadores de grande talento, tem a assinatura de Löw. "Seria maravilhoso se ele continuasse o trabalho. Todos querem que ele fique", afirmou.
Segundo o ex-jogador e atual dirigente, "Löw é a pessoa certa para começar tudo de novo até 2014". O técnico, no entanto, ainda não sabe se continua. Seu contrato acabou no fim de junho.
Oscar Tabárez, apelidado de Maestro, já tinha grande aceitação no Uruguai antes mesmo da melhor campanha do país em Copas do Mundo desde 1970 -ficando em terceiro, a Celeste terá a melhor colocação no Mundial desde o Maracanazo de 1950.

QUESTÃO FINANCEIRA
O contrato de Tabárez não deverá ser esticado tão rapidamente, pois no fim do mês haverá troca de dirigentes na federação uruguaia. Mas, além do prestígio do técnico, a situação econômica não favorece uma mudança.
"Claro que ninguém pensa neste momento em trocar a comissão técnica, mas é preciso esperar a definição dos novos integrantes do Comitê Executivo e saber também o que pensa Tabárez", afirmou o secretário-geral da federação, Raúl Rodríguez.
Tabárez, que dirigiu o time na Copa-90, sinalizou que aceitaria eventual convite.
"Não depende de mim, preciso esperar a federação. Fizemos muitas coisas em quatro anos, mas temos algo a melhorar. Eu não seria capaz de dizer não a uma proposta do Uruguai", falou.
Segundo Raúl Rodríguez, apesar do bom dinheiro que a federação vai ganhar com o Mundial deste ano, não é possível fazer loucuras.
"A Copa ajudou economicamente, mas não transformou a realidade do futebol uruguaio. Em alguns meses, teremos o mesmo panorama financeiro", afirmou ele.
Eugenio Figueredo, ex- -presidente da federação uruguaia que está na África, disse que "várias vezes quis contratar Tabárez" e que, no final, conseguiu, gabando-se de ter acertado com ele.


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