São Paulo, domingo, 10 de julho de 2011

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Mano em xeque

Brasil tropeça , empata de novo, e técnico se divorcia da torcida

Brasil 2
Jadson, aos 38min do 1º tempo; Fred, aos 44min do 2º tempo

Paraguai 2
Santa Cruz, aos 9min, e Haedo, aos 21min do 2º tempo


MARTÍN FERNANDEZ
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A CÓRDOBA

Um gol de Fred a um minuto do fim evitou a primeira derrota do Brasil na Copa América. O empate com o Paraguai deixou a seleção em situação difícil no Grupo B do torneio, com dois pontos.
A Venezuela lidera a chave com quatro pontos. Para que dependa apenas de si para avançar, o Brasil precisa vencer o Equador, na quarta.
O resultado marcou o divórcio de Mano Menezes com a torcida brasileira. Ao menos com a parte mais ruidosa dela. O técnico foi hostilizado durante todo o jogo em Córdoba. Houve gritos por Marta, por Lucas e xingamentos.
Jadson era o principal motivo das críticas a Mano. O meia do Shakthar Donetsk foi a grande surpresa na escalação -substituiu Robinho, que não era reserva da seleção desde a Copa-2006.
Essa formação só foi treinada uma vez em Los Cardales. Ontem, não funcionou.
Jadson errou um terço dos passes que tentou, média de acerto muito abaixo da do time (cerca de 80%). Fez duas faltas violentas, levou o amarelo e escapou do vermelho.
Menos de um minuto depois, recebeu um passe de Ganso e mandou um chute rasteiro, forte, no canto direito do goleiro paraguaio.
O belo gol de Jadson fez o técnico comprar briga com a torcida. Mano se levantou, virou-se para as arquibancadas de onde partiam as vaias e celebrou com os punhos fechados e sinais de "tchau".
Na saída para o intervalo, o técnico ouviu mais gritos de "burro". Na volta, trocou Jadson por Elano. Foi apoiado, mas a trégua foi pouca.
Os gritos por Lucas voltaram a soar, como havia ocorrido nos amistosos no Brasil no mês passado, e na estreia na Copa América, ante a Venezuela, no último domingo.
O time não ajudava. Ganso ficou abaixo do que é capaz.
Neymar e Pato se perderam entre toques de calcanhar e firulas desnecessárias. O Paraguai não propôs jogo, como Mano esperava e torcia. Ao contrário, aguardava o Brasil e tentava sair rápido para contra-atacar.
Chegou assim ao empate, logo aos 9min do segundo tempo. Estigarribia escapou pela esquerda, às costas de Daniel Alves e cruzou para Santa Cruz, livre, empatar.
O lateral, integrante da defesa que até ontem era o ponto alto do time, falhou de novo aos 21min. E Valdez virou.
Atrás no placar, Mano pôs Lucas e Fred. Com um time bagunçado, que jogava aos chutões, chegou ao empate.

BRASIL 2 X 2 PARAGUAI
Brasil
Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva (**CARTÃO AMARELO**), Ramires (Lucas), Paulo Henrique Ganso e Jadson (**CARTÃO AMARELO**) (**GOL**) (Elano); Neymar (Fred (**GOL**)) e Alexandre Pato (**CARTÃO AMARELO**)
T: Mano Menezes

Paraguai
Villar; Verón, Paulo da Silva, Alcaraz e Aureliano Torres; Riveros (Cáceres(**CARTÃO AMARELO**)), Enrique Vera, Néstor Ortigoza e Estigarribia (Martínez); Lucas Barrios (**CARTÃO AMARELO**) (Haedo Valdez(**GOL**) ) e Roque Santa Cruz (**GOL**)
T: Gerardo Martino

Juiz: Wilmar Roldán (Colômbia)
Estádio: Mário Kempes, em Córdoba



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