|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Fundo norte-americano acerta compra de terreno na Raposo Tavares para a construção de novo estádio do clube
HMTF adquire local de "sonho corintiano"
FERNANDO MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O HMTF concretizou a compra
do terreno para a construção do
novo estádio do Corinthians.
Após mais de seis meses de negociação, o fundo de investimentos adquiriu um terreno no quilômetro 16 da rodovia Raposo Tavares, nas divisas de São Paulo,
Osasco e Cotia.
A informação foi dada pelo empresário J. Hawilla, dono de 51%
das ações da Traffic.
A Traffic foi a empresa de marketing esportivo que intermediou
a parceria entre o Corinthians e o
HMTF, que teve início em abril do
ano passado.
"As obras começarão em 60
dias. O estádio vai sair", afirmou
Hawilla, durante a abertura da feira de negócios Futebol S.A., ontem à tarde, em São Paulo.
A finalização do estádio, que
inicialmente estava marcada para
meados de 2001, não deve ocorrer
em menos de dois anos.
O HMTF continua oferecendo o
nome do estádio que irá construir
em troca de patrocínios para bancar o projeto, que pode custar até
US$ 100 milhões.
Maior projeto dos norte-americanos para o Corinthians, o estádio terá capacidade para até 50
mil pessoas.
De acordo com os slides mostrados em um almoço no início
do ano, serão construídos três
anéis para os torcedores.
Cerca de 5% dos lugares para a
platéia no novo estádio serão oferecidos a empresas, que poderão
adquirir camarotes para entreter
clientes e compradores em potencial e, assim, injetar recursos para
a construção da obra.
Enquanto não consegue concretizar o sonho de ter um estádio
próprio em condições de receber
sua torcida, o Corinthians continuará mandando suas partidas
no Pacaembu.
O clube já doou à Secretaria
Municipal de Esportes, Lazer e
Recreação 30 catracas eletrônicas
e pretende ampliar de 37 mil para
48 mil pessoas a capacidade do
Pacaembu.
Para isso, irá retirar as cadeiras
de plástico localizadas no anel acima do portão principal.
Segundo os dirigentes corintianos, as cadeiras são muito largas,
e o espaço perdido poderia ser
mais bem aproveitado. O time, inclusive, já fez uma consulta à Fifa
para saber qual o espaço que deve
ser destinado para cada torcedor.
Além da ampliação, o clube está
investindo na limpeza do estádio.
Desde o jogo contra o Nacional,
do Uruguai, na última semana,
pela Copa Mercosul, funcionários
corintianos têm sido deslocados
para o Pacaembu para limpar os
assentos e os banheiros do estádio
municipal.
O Corinthians só conseguiu voltar a abrigar seus jogos no Pacaembu depois de um acordo entre a Rede Globo e a Target, empresa que detém os direitos sobre
as placas publicitárias no local.
O Pacaembu, que teve apenas
quatro jogos oficiais do clube no
primeiro semestre -todos pela
Libertadores-, foi subaproveitado por causa da suspensão da licitação vencida pela Target.
O cancelamento aconteceu após
reportagens da Folha revelarem
favorecimento na concorrência.
Com a licitação suspensa, não
havia como a Globo, que detinha
os direitos do Paulista, negociar
para colocar as placas de seus patrocinadores no Pacaembu.
O Corinthians passou a mandar
suas partidas pelo Estadual no Canindé e no Morumbi.
A Target, porém, recorreu da
decisão e conseguiu, no mês passado, retomar os direitos sobre as
placas, o que permitiu o acerto
com a emissora carioca.
A Folha procurou ontem Luís
César Granieri, vice-presidente
do Corinthians, para comentar a
compra do terreno pelo HMTF,
mas não o localizou até o fechamento da edição.
Marcos Caruso, diretor de marketing da Teamco, empresa ligada
ao HMTF, disse não saber se a
empresa havia adquirido o espaço
na Raposo Tavares. "Cuidei disso
antes. Agora, estou fora do projeto do estádio."
Marcelo Tefler, o agora responsável pelo projeto, também não
foi localizado pela reportagem.
Texto Anterior: La Gazzetta dello Sport - de Milão: Napoli quer lateral do São Paulo Próximo Texto: Após 2 rodadas, time já reclama de maratona Índice
|