DA REPORTAGEM LOCAL

Principal preparatório para a Superliga, o Paulista, que começa hoje, incorporou de vez a participação de pequenos patrocinadores, com investimentos modestos. Este ano serão 11 equipes em busca do título conquistado pelo Report/Suzano em 1999. A rodada de abertura terá cinco jogos.
Em relação ao ano passado, houve um acréscimo de três times: Palestra/Rio Preto e Mogi/ Braz Cubas, que disputaram a Divisão A-2 do Paulista em 1999, e o São Caetano, que volta a disputar a competição.
O Paulista continua contando com duas equipes ligadas a clubes de futebol. O Palmeiras manteve seu time. A equipe firmou uma parceria com a Prefeitura de Guarulhos e deve fazer alguns jogos no ginásio da Ponte Grande, além de mandar partidas no Parque Antarctica. O valor do investimento será de R$ 600 mil para a competição, sendo metade bancado por Guarulhos.
A outra equipe será o Santos-Ulbra, que irá preencher o espaço deixado pelo São Paulo, que encerrou suas atividades. Já o clube santista firmou uma parceria com a Ulbra, que vem de Canoas (RS) para disputar o torneio.
Segundo os dirigentes, o investimento do Santos-Ulbra será maior do que na temporada passada, quando chegou a R$ 2 milhões. O time é um dos favoritos.
"Nós fazemos mágica para manter o investimento. Se você vir o que a Ulbra e o Banespa gastaram, é óbvio que aumentou (o investimento). A Ulbra sempre teve interesse de participar do Paulista porque é o mais forte do país", disse Roberto Tietz, supervisor da Ulbra.
Vice-campeão no ano passado, o Banespa manteve Joel, Braz e Axé e ainda contratou os atacantes Dirceu (ex-Unisul) e Bada (ex-Ulbra), além do líbero Escadinha (ex-Report/Suzano).
Já o Suzano perdeu o patrocínio da Report, mas firmou parceria com a FENABB (Federação Nacional das Atléticas do Banco do Brasil) e com o site Zipnet. O time, que conta com Marcelo Negrão e Dante, entre outros, tenta o bicampeonato do torneio.
Mas, se o investimento está sendo intensificado em algumas equipes, outras contam com verbas muito limitadas.
Times como o Palestra/Rio Preto e o Mogi/Braz Cubas devem gastar no Paulista o que Banespa, FENABB/ Suzano ou Ulbra/Santos utilizam em um mês.
"Fazemos milagres com o orçamento. Vamos humildemente tentar uma vaga nos playoffs", diz Ronaldo da Rocha, supervisor e técnico do Mogi/Braz Cubas.
A equipe de Mogi das Cruzes só conta com uma parceria com a Universidade Braz Cubas, que repassa uma verba mensal de apenas R$ 12 mil à equipe.
"Damos apenas uma ajuda de custo aos atletas. Contando com as bolsas oferecidas pela universidade, esse valor chega a R$ 18 mil", conta Rocha.
Já o Palestra/Rio Preto, outro dos estreantes da competição, irá gastar verba semelhante: R$ 12 mil. O clube conta com dinheiro da Secretaria Municipal de Esportes de São José do Rio Preto, cidade a 451 km a noroeste de São Paulo, e com uma parceria com a Unorp (Universidade do Norte Paulista) e com o Colégio Positivo. Cada um entra com R$ 4.000 para viabilizar o time.
"Não disputamos a Divisão Especial antes porque não tínhamos condições financeiras para isso", afirmou Hílio Antônio Bassi, supervisor da equipe de Rio Preto.
NA TV - Santos-Ulbra x Banespa, na Sportv, ao vivo, às 19h

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