|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
velho tabu
Novos corintianos desafiam jejum
Time de Leão terá César, Magrão e Amoroso para tentar pôr fim ao período de três anos sem vitórias sobre o São Paulo
Desde 2003, clube usou 66 atletas, teve sete técnicos e agora joga afastado da MSI, que demitiu quatro treinadores após fracassos contra o rival
EDUARDO ARRUDA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
No Corinthians, eles passam,
e o tabu continua intacto. No
São Paulo, eles passam, e a invencibilidade é saboreada. Na
história dos últimos três anos
do clássico, que terá mais um
capítulo hoje, às 16h, o clube do
Parque São Jorge colocará novas fichas em campo na tentativa de quebrar a banca do rival.
Desde junho de 2003, os são-paulinos, que lideram o Brasileiro, reinam soberanos contra
os adversários. Foram dez jogos, com sete vitórias e três empates -ou oito triunfos, se contabilizado o 3 a 2 pelo Nacional
de 2005 que acabou anulado
pela Justiça Desportiva.
Nesse período, o clube do
Parque São Jorge levou a campo 66 jogadores, 14 a mais que o
algoz. Hoje à tarde, no Morumbi, serão mais três -Amoroso,
César e Magrão, que fazem a
badalada estréia com o peso de
quebrar a incômoda escrita.
"Tem essa coisa de o São Paulo vir como favorito, de estar
ganhando sempre, mas temos
de mudar isso", afirma o ex-palmeirense Magrão. Missão inglória. No time tricolor, apenas
o zagueiro Alex Silva ainda não
tirou casquinha do rival.
Nesta tarde, os corintianos
terão deixado para trás 48 atletas que ajudaram a construir o
indigesto jejum. No São Paulo,
35 felizardos que participaram
desse capítulo do clássico já se
foram, mas a equipe mantém
quatro atletas desde 2004, enquanto o único remanescente
do rival é o zagueiro Betão, que,
ao lado de Marcelo Mattos, foi
quem mais atuou no período de
seca -cinco partidas cada um.
Dois dos que saíram do Morumbi estão do outro lado hoje:
Emerson Leão e Amoroso.
Leão, aliás, é o sétimo técnico
a comandar o Corinthians em
tempos de jejum. E foi um dos
cinco treinadores são-paulinos
a passar por cima do alvinegro.
Agora, virou o símbolo de
uma nova era pregada pelos corintianos, sem a interferência
da MSI de Kia Joorabchian.
No reinado de um ano do
executivo, que deve comunicar
sua saída da parceria, o São
Paulo foi um adversário implacável, provocando a demissão
de quatro de seus sete técnicos.
Os estreantes no clássico,
mesmo recebendo salários do
fundo de investimentos, se dizem alinhados com o presidente corintiano, Alberto Dualib. A
exemplo de Leão, bancado pelo
cartola. "Pela demonstração da
situação atual, os corintianos já
perceberam, pelo desempenho
do time, que voltamos a ser vitoriosos e competitivos depois
da vinda do Leão", diz, empolgado, Dualib, sobre o time que
deixou a zona do rebaixamento
e ocupa a 15ª posição.
"Esperamos voltar à época
em que só nós vencíamos o
clássico", completa o dirigente
corintiano, que acompanhará a
partida de Londres, onde está
há quase duas semanas.
"O tabu incrementa o clássico. A volta do Amoroso é importante. Ele ficou escondido
na sombra da reserva na Europa", fala o superintendente são-paulino, Marco Aurélio Cunha,
que fez questão de provocar os
rivais durante a semana.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Estreantes brincam com gafes de colega Índice
|