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"Maldição da MSI" atinge ex-técnicos corintianos
Profissionais escolhidos pela empresa de Kia Joorabchian vão mal na profissão
Ostracismo, desemprego e resultados ruins pipocam para os treinadores que passaram pelo Parque São Jorge nos últimos tempos
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Sair da poderosa máquina de
tragar treinadores em que o
Corinthians se transformou
nos últimos tempos era para
ser um enorme alívio.
Mas, para os cinco profissionais eleitos na era MSI (Tite já
estava lá quando a empresa
acertou com o clube), a vida fora do Parque São Jorge não foi o
esperado mar de rosas.
Daniel Passarella, Márcio
Bittencourt, Antônio Lopes,
Ademar Braga e Geninho variam hoje entre o puro ostracismo e campanhas decepcionantes em seus atuais empregos.
Primeira escolha do iraniano
Kia Joorabchian para a prancheta corintiana, Passarella teve o sabor da vingança ao eliminar o Corinthians da Libertadores-06 com o River Plate.
Mas o time foi fogo de palha na
competição e caiu na fase seguinte, batido pelo nada tradicional Libertad (PAR).
No último Campeonato Argentino, obteve o terceiro lugar, superado até pelo modesto
Lanús. No atual, disputadas
cinco rodadas, seu time já está
cinco pontos atrás do Boca.
Para piorar, ele sente a mesma insegurança dos tempos de
Brasil. Após uma derrota, no
mês passado, torcedores invadiram o clube e depredaram a
luxuosa caminhonete do treinador, além dos carros de jogadores. Até o presidente do River foi ameaçado de morte.
Márcio Bittencourt até que
foi bem no Corinthians. Mas
desde sua saída sua carreira entrou em declínio. Primeiro, foi
rebaixado com o Brasiliense no
Nacional do ano passado. Na
edição 2006, foi dispensado do
Fortaleza com um modesto
aproveitamento de 37%. Hoje,
está desempregado.
Campeão brasileiro com o
Corinthians no ano passado,
Antônio Lopes foi tragado por
mais uma crise no início de
2006. Foi para o Goiás, onde só
ganhou 3 de 11 jogos, e perdeu o
emprego. Agora, no Fluminense, não ganhou nenhum dos
quatro jogos que dirigiu a equipe, e o time, que chegou a brigar
pela liderança, começou a rodada em nono lugar.
Dos cinco técnicos corintianos contratados na era MSI o
único que segue no clube é Ademar Braga. Mas, desde a chegada de Leão, ele foi afastado das
decisões do time principal e hoje cuida do Corinthians B.
Último degolado no Parque
São Jorge, Geninho voltou para
o Goiás. Na sua nova empreitada, tem aproveitamento inferior a 50%, distante da performance que levou o clube do
Centro-Oeste à Libertadores.
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