DO ENVIADO A MONZA

Se a futura dupla da Ferrari será revelada hoje, o novo organograma da escuderia italiana levará algum tempo para ser conhecido. Em visita a Monza, ontem, Luca di Montezemolo, presidente ferrarista, disse que a estrutura do time sofrerá mudanças, mas que elas só serão anunciadas em dezembro.
"Não temos pressa. Vamos esperar a conclusão do campeonato e então trataremos do assunto com tranqüilidade, na hora certa", afirmou.
A declaração foi encarada por muitos no paddock como um sinal de que Michael Schumacher pode assumir um posto diretivo caso deixe as pistas. Segundo o "La Gazetta dello Sport", principal diário esportivo da Itália e quase porta-voz do grupo Fiat, dono da Ferrari, Schumacher será uma espécie de assistente de Jean Todt no ano que vem e assumirá o lugar do francês no futuro.
Na equipe desde 1993, Todt sobe cada vez mais na hierarquia ferrarista e hoje atua também na produção de veículos de passeio. É hoje o mais cotado para assumir o cargo do presidente, que já fala em parar. "Pegue todos os presidentes de montadoras. Eu sou o que está há mais tempo", afirmou Montezemolo, que comanda a Ferrari desde dezembro de 91.
Embora não tenha aberto o jogo, o italiano falou da expectativa criada pelo anúncio de hoje. "O mundo todo está falando da Ferrari nos últimos dias e sempre de uma maneira positiva. Somos o centro das atenções e isso é muito bom", disse. Logo depois, deu a entender que os jornais, de certa forma, já anteciparam a notícia. "Vocês já fizeram o anúncio", completou, atiçando ainda mais os rumores sobre a aposentadoria do heptacampeão, hipótese mais batida pelos jornais italianos.
Pelo menos um cargo importante no atual esquema ferrarista deve ficar vago ao fim do ano: de acordo com a revista "Autosport", Ross Brawn, engenheiro, estrategista e diretor técnico, deixará o time e a F-1 para descansar por um ano. (FSX)


Texto Anterior: FIA pune Alonso e Ferrari festeja grid
Próximo Texto: Frase
Índice