Tenista, algoz de Kuznetsova, diz que precisava provar "coisas" para si mesma

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma campanha irretocável, sem nenhum set perdido. Após tirar as irmãs Williams, Serena e Venus, de seu caminho, a belga Justine Henin mostrou na noite de anteontem por que é a melhor tenista do mundo.
Sem muito esforço, ela precisou de apenas 1h22min para superar a russa Svetlana Kuznetsova, quarta do ranking, por dois 2 a 0 (parciais de 6/1 e 6/ 3), e faturar o bicampeonato do US Open -ela também ganhou a competição em 2003.
"Eu tinha muitas coisas a provar a mim mesma. E eu provei", disse a campeã após o triunfo em Nova York. Desde 2002, no título de Serena Williams, uma tenista não conseguia levar a taça do torneio sem perder nenhum set.
Kuznetsova ainda teve a seu favor uma noite não muito inspirada da oponente nos saques. O aproveitamento do primeiro serviço de Henin foi de apenas 57%, contra 75% da russa. Mas a belga foi decisiva nas bolas vencedoras, as chamadas "winners" -25 a 11.
"Espero voltar com um jogo melhor", disse Kuznetsova.
A russa teve a chance de quebrar o saque de Henin no quarto game do primeiro set. Henin salvou seu serviço e ainda quebrou o da adversária em seguida para fechar o set.
Esse foi o sétimo título de Henin em Grand Slams. Além do bi nos Estados Unidos, ela tem um Aberto da Austrália e quatro Roland Garros.
"Estou feliz. E o fato de ter minha família de volta à minha vida ajuda muito", falou Henin, que no início do ano passou por um divórcio e uma reconciliação com seus familiares.
O título do US Open rendeu à melhor do mundo um cheque de US$ 1,4 milhões. Já a vice-campeã, Kuznetsova, faturou US$ 700 mil.


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