São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 2008

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Luis Fabiano acaba com a má fase do ataque da seleção

Após várias experiências de Dunga, jogador do Sevilla está perto de assegurar a camisa 9 do time nas eliminatórias

Com 4 gols no campeonato, atacante vira solução após o treinador ter apostado em jogadores mais leves, como Pato, Sóbis, Love e Nilmar


DO ENVIADO AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO

Ele é forte, alto e finaliza com precisão. Artilheiro do time nacional nas eliminatórias, Luis Fabiano mantém a tradição de atacantes ""tanques" na seleção.
Assim como Ronaldo e Adriano, que usavam o corpanzil e seus chutes fortes para fazer a diferença, o jogador do Sevilha quer seguir o mesmo caminho dos seus antecessores e conseguir em definitivo ""a camisa 9 da seleção" na partida contra a Bolívia, hoje à noite.
""Estou trabalhando duro para ser o dono da camisa 9. É sempre difícil pela qualidades dos meus concorrentes. O bom é que estou dando conta do recado, mas tenho que fazer mais gols para me firmar", disse Luis Fabiano, autor de dois dos três gols na vitória diante dos chilenos, no domingo, em Santiago, resultado que aliviou a pressão sobre o time e o técnico Dunga. Da mesma altura de Ronaldo (1,83m), Luis Fabiano foi a saída encontrada pelo técnico Dunga para acabar com a má fase do ataque da seleção. Antes, o treinador havia apostado em jogadores mais leves e rápidos, como Alexandre Pato, Rafael Sóbis, Vágner Love e Nilmar. Eles não tiveram o mesmo sucesso de Luis Fabiano.
Nos Jogos de Pequim, Pato e Sóbis só marcaram um gol cada um. Jô, que foi titular apenas na disputa da medalha de bronze, fez dois no mesmo jogo, diante da Bélgica. O mais alto (1,86 m) dos atacantes na China, o ex-corintiano ganhou dez quilos de massa muscular nos anos que jogou no CSKA, da Rússia. Ele se transferiu recentemente para o Mancheter City, mesmo time do atacante Robinho.
""A força sempre é importante em partidas difíceis. Consigo usar bastante o meu físico em campo para me ajudar", afirmou Luis Fabiano, vice-artilheiro do Campeonato Espanhol na última temporada.
Fã de Ronaldo e Eto'o, o atacante acredita que os gols surgiram na seleção por causa da confiança dada por Dunga. ""Esta seqüência me deu a calma necessária e fez aparecerem os gols. Um atacante precisa sempre fazer gols para confirmar sua presença", declarou o jogador, acrescentando que estava tranqüilo depois da vitória por 3 a 0 em Santiago, no domingo.
""Futebol é sempre assim. Você vai do céu para o inferno em minutos. Agora, queremos ficar aqui em cima por muito tempo", afirmou o atacante, que começou na Ponte Preta.
Até o início da oitava rodada das eliminatórias, que seria aberta na noite de ontem, Luis Fabiano ostentava também a liderança na artilharia das eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2010, com quatro gols.
""A classificação da seleção brasileira para a Copa será sempre o principal objetivo, mas, se eu conseguir a artilharia, será melhor ainda", afirmou o ex-jogador são-paulino. (PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)


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