São Paulo, quinta-feira, 10 de setembro de 2009

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Mineirão ignora exigência da Fifa e atrasa reforma

Alterado, plano de remodelagem do estádio para Copa-14 fica pronto em março, quando as obras deveriam começar

Governo mineiro entende que cumprirá a data-limite do Mundial porque já está fazendo melhorias na parte estrutural de sua arena

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O governo de Minas Gerais enxugou o plano de remodelagem do Mineirão para a Copa do Mundo de 2014 por causa dos altos custos da obra.
No novo conceito, apenas em março do próximo ano o projeto executivo da reforma será concluído. As obras devem ter início em maio ou junho.
A exigência da Fifa e do Comitê Organizador Local da Copa-2014 é que todos os estádios estejam fechados e em obras até 28 de fevereiro de 2010. Ontem, o presidente do COL e da CBF, Ricardo Teixeira, que é próximo do governador mineiro Aécio Neves (PSDB), estendeu o prazo até março.
Apesar disso, o Estado, por meio do Núcleo Gestor da Copa, informou que a data estipulada pela Fifa não será desrespeitada porque a obra no Mineirão foi separada em módulos. O argumento é o de que toda a parte estrutural do estádio já estará sendo reformada.
Tadeu Barreto, integrante do Núcleo Gestor da Copa, declarou que essa parte da reforma já será licitada no próximo mês.
Ou seja, o governo mineiro entende que, mesmo sem o projeto executivo da reforma pronta, cumprirá a exigência da Fifa. Afirma ainda que, no fim de 2012, o estádio estará pronto, como determina a entidade.
Até agora, o Mineirão é o único dos 12 estádios a serem utilizados na Copa que ainda não tem custo estimado para a reforma de sua estrutura.
Prevista no projeto inicial, a construção de setores comerciais no Mineirão, com lojas, restaurantes, centro de convenção, cinemas e hotel foi abandonada porque estudos indicaram não haver viabilidade econômica nos empreendimentos, principalmente após a crise financeira mundial.
Antes disso, o governo mineiro tinha recebido a visita de alguns investidores, com os quais planejava fazer uma PPP (parceria público-privada).
Agora, o vice-governador Antonio Anastasia (PSDB) já avisou que o governo usará verba pública na obra. Mas ainda conta com parcerias privadas -nenhum investidor foi anunciado.
Tadeu Barreto e o governo afirmaram que o fato de as obras de reforma propriamente ditas só começarem em maio ou junho não significará que o Mineirão continuará aberto.
A reportagem não localizou ontem representantes do COL para comentar o assunto.


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