São Paulo, sábado, 10 de setembro de 2011

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Scolari ouve 'não' sobre fim de multa

PALMEIRAS
Treinador afirma que diretoria vetou o pedido que ele fez


LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Luiz Felipe Scolari quis refazer seu contrato com o Palmeiras. Ouviu um "não."
A ideia, dada pelo treinador há uma semana, era acabar com a multa por rescisão. Se clube ou técnico quisessem rescindir o contrato, estaria livre de pagar à outra parte cerca de R$ 3,5 milhões.
Mas, conforme Scolari revelou ontem, o presidente do clube, Arnaldo Tirone, vetou o pedido do treinador.
"Quero deixar o Palmeiras livre. Foi o que fiz. Deixei lá assinado, está com o presidente. Da minha parte, está assinado. Mas o presidente entende que não é o momento, que não quer, que o projeto é de ficarmos mais tempo."
Scolari levou à diretoria uma carta assinada com a intenção de cancelar a multa contratual. Assim, se quisesse sair do Palmeiras, estaria livre imediatamente, sem multa alguma -e vice-versa.
Com a negativa, nada mudou. O contrato é o mesmo assinado no ano passado, cuja validade vai até o fim de 2012, e a multa, que diminui gradativamente, hoje gira em torno de R$ 3,5 milhões.
"Fico contente com isso. Mas, da minha parte, está assinado para que o Palmeiras possa fazer uso como quiser."
Segundo apurou a Folha, Tirone foi pressionado por diretores e conselheiros para não conceder a liberdade contratual a Scolari.
Havia o temor de que o técnico, que anda destilando sua insatisfação -está de "saco cheio", como já disse- deixasse o clube. Pior: se o técnico trocasse o Palmeiras por um rival, a torcida não perdoaria a diretoria.
"Aliás, eu tinha respondido que estava de saco cheio. Agora, já estou de saco vazio", brincou Scolari, logo após falar sobre o veto à mudança no contrato. "Não me pergunte como foi isso, não posso responder em público", disse, bem-humorado.
O que tem tirado Scolari do sério são as falhas recorrentes da zaga palmeirense.
Após o 2 a 2 contra o Atlético-PR, quarta-feira, o treinador chegou a afirmar que havia perdido a paciência e que era a primeira vez em 20 anos de carreira que não conseguia arrumar uma defesa.
"Eu tenho que exigir e tentar solucionar os problemas. Claro que eu tenho que estar bravo. Trabalho todos os dias, faço com que se preocupem em não tomar o gol, e então tomamos o gol", disse ontem.
Scolari também se irritou ao saber que será julgado de novo pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Desta vez, por ter ido ao vestiário do time no intervalo da derrota para o Botafogo, quando estava suspenso.
"Vou deixar que o departamento jurídico resolva isso."
Por fim, o treinador defendeu Valdivia, que anteontem anunciou que recusara proposta do futebol árabe.
"Ele tem tido lesões, mas isso não é culpa dele. Ele é importante para o time", declarou.
O Palmeiras enfrenta o Inter amanhã, no Pacaembu, sem Kleber, suspenso.


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