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Parreira se exalta contra altitude
DO ENVIADO A LA PAZ
Carlos Alberto Parreira reclamou mais do que os jogadores
dos efeitos da altitude de La Paz.
Culpou o fato de a cidade boliviana ficar a 3.600 m acima do nível
do mar pelo empate de ontem.
Para alguns atletas, esse fator
não teve tanto peso no resultado.
"Soubemos lidar bem com a situação, controlamos bem a bola e
só não ganhamos porque perdemos algumas oportunidades",
afirmou o meia Ricardinho.
Parreira se exaltou ao ser questionado sobre como a altitude teria interferido. "Não preciso nem
explicar isso. Só vou dizer que o
Equador, quando jogou em casa,
com a altitude a seu favor, ganhou
tudo. Fora, perdeu quase todas",
comentou o treinador.
Ele disse que os efeitos da altitude influenciaram psicologicamente, tecnicamente e taticamente a equipe. "A bola fica muito
mais rápida, é difícil de se adaptar", disse na entrevista coletiva,
concedida diante de painéis da
Coca-Cola, concorrente da Antarctica, patrocinadora da CBF.
Ao ser questionado por um repórter boliviano sobre a equipe
adversária, o treinador afirmou
que a altitude foi a maior arma.
Os jogadores disseram que
muitos sentiram dor de cabeça,
principalmente no aquecimento,
mas não viram nada de anormal.
"Sangrei pelo nariz. Isso já tinha
acontecido comigo quando joguei nas mesmas condições pelo
São Paulo. Não foi nada que me
impedisse de atuar", declarou o
lateral-direito Cicinho.(RP)
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