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VÔLEI
A hora da decisão
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Reta final da Copa do Mundo do Japão. E as quatro
grandes seleções, China, Brasil,
Estados Unidos e Itália, vão definir nas últimas quatro rodadas
quem vai ficar com as três vagas
para a Olimpíada de Atenas.
A seleção brasileira decidirá a
classificação nos jogos contra as
italianas e as americanas.
A China é a única invicta. Também, tem um timão: a gigante
Ruirui Zhao, de 1,96 m, a ponta
Hao Yang, que tem uma mão pesada, e a levantadora Kun Feng,
que esbanja habilidade. E, pelo
que está jogando, dá até pra arriscar: uma das vagas já é da China.
A disputa pelas outras vagas vai
ficar entre Brasil, Estados Unidos
e Itália. Até agora, as americanas
são as únicas que tiveram uma
derrota fora do grupo de elite. Ou
seja, o Brasil só perdeu para a
China, e a Itália foi superada apenas pelos Estados Unidos. A surpresa foi a derrota das americanas para a Polônia.
Para compensar esse resultado,
os Estados Unidos terão que vencer, nesta semana, o Brasil ou a
China para ficar com duas derrotas e tentar se classificar. As italianas também terão pela frente
os mesmos rivais: Brasil e China.
Como dá para perceber, está todo
mundo no mesmo barco.
As brasileiras ainda vão ter um
jogo chato pela frente: contra o Japão, que tem a torcida toda a favor e está com uma boa campanha. Ocupa o quinto lugar, com
duas derrotas.
Mas, se conseguir acertar melhor o saque, que tem sido uma
das deficiências do time, o Brasil
fica com uma das vagas.
Depois de sete rodadas, já dá
para fazer uma observação: esperava mais da seleção brasileira.
O time está se mostrando um
tanto irregular, como nos jogos
contra República Dominicana e
Cuba. Comparando com outras
seleções, o Brasil também está fisicamente mais fraco, o que muitas
vezes faz a diferença.
Antes do início da Copa do
Mundo, apostaria no Brasil até
como campeão olímpico. Está
certo que ainda falta uma semana para terminar o torneio, mas a
impressão que fica até agora é
que a seleção ainda vai ter que
treinar muito para conseguir vencer a China em Atenas.
Mais: tem que arrumar uma
atacante de saída de rede mais regular e que decida os jogos. Quem
sabe a Leila resolva.
No domingo, a seleção masculina também já começa a disputar
a Copa do Mundo. A estréia será
contra a Coréia do Sul.
Ontem, na Itália, Bernardinho
fez o último e esperado corte na
equipe: dispensou Henrique. Os
três centrais do Brasil serão Gustavo, Rodrigão e André Heller.
A seleção viajou confiante ontem para o Japão. Também não é
para menos. No sábado, o time,
mesmo desfalcado de Giba e Nalbert, que estão contundidos, venceu a Itália por 3 sets a 1 na casa
do adversário. A equipe base foi
Ricardinho, Anderson, Giovane,
Dante, Gustavo e Rodrigão.
A Itália tem problemas: vai disputar a Copa do Mundo sem Fei,
um de seus principais jogadores.
Ele é titular no meio-de-rede, mas
também pode jogar como oposto.
Fei fraturou o tornozelo e ficará
dois meses longe das quadras.
Italiano 1
O brasileiro Joel, ex-seleção e ex-Banespa, está fazendo bonito na Itália. Depois de nove rodadas, ele é o segundo melhor atacante do
Campeonato Italiano. Joel joga de oposto no Montichiari, mesmo time do levantador Maurício. Quem também está se destacando é Rodrigão, da seleção brasileira. Ele é o segundo central mais eficiente do
torneio. Rodrigão, ex-Banespa, defende o Ferrara.
Italiano 2
O Modena, de Dante, decepciona no Italiano. A equipe, que conta
também com o russo Roman Iakovlev e o americano Lloy Ball, só
tem três vitórias em nove jogos e amarga o 11º lugar. Já o time de Nalbert, o Macerata, é o líder do torneio, com sete vitórias. Por causa da
Copa do Mundo, a próxima rodada será só em 9 de dezembro.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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