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Esporte é ferramenta para unir comunidades
DA SUCURSAL DO RIO
O basquete de rua é usado pela
Cufa (Central Única das Favelas)
como uma forma de tentar ""pacificar" os jovens pelo esporte.
"Tentamos sempre, ao máximo,
misturar os times com jogadores
de diferentes comunidades. Não
podemos ficar estimulando dentro da quadra a rivalidade das comunidades. Uma das equipes de
destaque reúne atletas da Cidade
de Deus e do Complexo da Maré",
disse MV Bill, referindo-se a duas
favelas que contam com organizações adversárias no comando
do tráfico de drogas.
A construção do centro de treinamento em Madureira também
foi uma estratégia para evitar que
conflitos entre criminosos dentro
de comunidades atrapalhassem o
funcionamento do espaço.
""Madureira é um campo neutro, um bairro muito populoso e
que está perto de várias comunidades. Por isso, gostamos daqui",
disse Bill. O Complexo da Maré
conta com a maior Vila Olímpica
da Prefeitura do Rio, que é constantemente fechada por causa de
conflito entre traficantes.
""Além de colocar os times para
treinar e jogar basquete, vamos
fazer escolinhas para as crianças
usando atletas como professores", acrescentou o rapper.
Nos dias 25, 26 e 27, a Libbra vai
realizar uma competição de basquete de rua durante o Hutúz, um
dos maiores festivais de rap do
país. O campeonato, que contará
com equipe de São Paulo, será
realizado numa quadra improvisada no Armazém Cinco, na praça Mauá, zona portuária carioca.
Ao todo, 32 times estarão na disputa, e será dado um prêmio de
R$ 1.000 para o vencedor.
As equipes terão em quadra
apenas três jogadores.
(SR)
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