São Paulo, terça-feira, 10 de novembro de 2009

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Líder, São Paulo releva a arbitragem

Para André Dias, equívocos dos juízes são problema antigo e não serão determinantes para apontar campeão brasileiro

Ao longo do campeonato, porém, atletas são-paulinos se queixaram da atuação dos árbitros em pelo menos quatro partidas da equipe

CAROLINA ARAÚJO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dia depois de se tornar líder do Nacional pela primeira vez neste ano, o São Paulo tentou ontem se manter à margem da polêmica sobre os erros de arbitragem durante o torneio.
O tema foi retomado após a derrota do Palmeiras para o Fluminense, em que o árbitro Carlos Eugênio Simon anulou um gol legítimo de Obina.
Depois do revés, o presidente palmeirense, Luiz Gonzaga Belluzzo, disse que o São Paulo é um dos favorecidos pelos juízes na reta final do campeonato.
Ontem, o zagueiro André Dias, que faz as vezes de capitão da equipe na ausência do goleiro Rogério, rebateu as acusações de Belluzzo e fez uma defesa dos árbitros do Nacional.
"Todo time que está na frente é acusado de ser beneficiado pelos juízes. Mas árbitro também é ser humano. Como o São Paulo, todos os times já foram prejudicados e, depois, acabaram favorecidos pela arbitragem. É torcer para que isso não aconteça, mas é um problema antigo que vai acontecer sempre", declarou o zagueiro.
André Dias defendeu inclusive Carlos Eugênio Simon, que, além de despertar a ira do Palmeiras, foi alvo de reclamações do clube do Morumbi depois de sua atuação no duelo contra o Santos, no fim de outubro -o juiz expulsou Rogério.
"Não tenho nada contra o Simon nem contra o que ele fez ou deixou de fazer em relação ao São Paulo. Arbitragem é interpretação", disse André Dias.
Mas, durante o Brasileiro, a equipe tricolor reclamou de ter sido prejudicada pela arbitragem em ao menos quatro partidas do time no campeonato.
Além do clássico contra o Santos, os são-paulinos se queixaram ao final do revés para o Flamengo (2 a 1), em outubro, em que o juiz mandou voltar a cobrança de um pênalti para o clube carioca. O primeiro chute foi defendido por Rogério.
No fim de setembro, no 1 a 1 contra o Corinthians, a reclamação foi por conta da entrada em campo do corintiano Dentinho, que estava fora, quando a bola estava no campo de defesa do São Paulo. O atacante roubou a bola de Jean e iniciou a jogada do gol corintiano.
E, quando o time estava à beira da zona de descenso, o empate em 2 a 2 com o Inter, em julho, foi resultado de dois gols em impedimento dos gaúchos, não marcados pelo juiz.
Agora, que depende apenas de seus próprios resultados para conquistar o tetra Brasileiro consecutivo, o São Paulo tenta reduzir a importância do fator arbitragem no Brasileiro.
"Se ficarmos preocupados com isso, perdemos o foco e podemos deixar escapar o campeonato", falou o beque.


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