São Paulo, domingo, 10 de dezembro de 2000

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FGV sugere parceria de 15 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Um estudo feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) sugere ao São Paulo um contrato de parceria com até 15 anos de duração, segundo o diretor financeiro do clube, Rogério Caboclo.
A fundação entregou ao dirigente o resultado de dois meses de análises sobre o São Paulo. Além de estudar uma possível parceria, o relatório traz um levantamento do valor da marca do clube, que não foi divulgado pelo dirigente.
"Eles fizeram projeções até de como o mercado irá se modificar nos próximos 15 anos, mostrando o que é preciso para o clube e seus profissionais estarem sempre atualizados", disse Caboclo.
O relatório dá sugestões de cursos de aperfeiçoamento que os funcionários do São Paulo devem fazer durante esse período.
Paulo Amaral, presidente do clube, disse que não chegou a analisar o levantamento, por isso não quis fazer comentários.
A parceria é um sonho antigo do clube, mas que ainda está longe de ser realizado. Depois de analisar os dados fornecidos pela FGV, Amaral vai repassá-los ao grupo de ex-presidentes que estudam uma fórmula de parceria para o clube. As propostas de empresas interessadas também deverão ser discutidas pelo Conselho Deliberativo do São Paulo.
Amaral disse não ter uma previsão de quanto tempo levará para conseguir fechar um contrato. Um dos empecilhos é o esfriamento no mercado provocado pelas investigações feitas pelas CPIs, no Congresso. Algumas empresas preferem aguardar a conclusão das apurações antes de fazer investimentos no futebol.
Amaral declarou que, se o clube conseguir fechar um contrato com um parceiro forte, a atual política de reduzir custos poderá ser abandonada, desde que o dinheiro seja suficiente para fazer grandes contratações.
O presidente, que nunca havia admitido a ingerência de uma empresa nas decisões do departamento de futebol, demonstra estar começando a mudar de idéia.
"Não dá para conseguir uma empresa disposta a investir sem que ela tenha voz forte", afirmou.
O clube também pode fechar um contrato apenas para transformar o estádio do Morumbi em uma arena multiuso. Entre as mudanças, o anel superior do estádio, descoberto, ganharia uma cobertura. Existe até a possibilidade de ser instalado um teto retrátil. "O local poderia ser usado para grandes eventos, além de receber jogos", disse Caboclo. (RP)


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