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VÔLEI
Quadra reprovada obriga Palmeiras a mandar jogos em Guarulhos, e Vasco muda para usar estrutura já existente
Clubes investem no esporte, mas torcida é órfã na Superliga
ERICH BETING
DA REPORTAGEM LOCAL
A torcida dos dois únicos clubes
de futebol que estão participando
da Superliga masculina estará órfã durante a disputa da competição mais importante do país.
Palmeiras e Vasco não jogarão
em seus ginásios nesta Superliga.
As duas equipes mandarão seus
jogos em Guarulhos (SP) e Três
Corações (MG), respectivamente.
O clube paulista, após disputar a
Superliga-99 patrocinado pelas
Faculdades Oswaldo Cruz, montou uma parceria com a prefeitura
de Guarulhos para a temporada.
Já o Vasco fez o papel do patrocinador para a Superliga. O clube
carioca juntou-se à Associação
Atlética Sul Mineira, da cidade de
Três Corações, no interior de Minas Gerais. Esta é a quarta Superliga do time mineiro, que em cada
edição competiu com um patrocinador diferente do ano anterior.
A estrutura já existente da equipe de Três Corações foi um dos
motivos para o Vasco abandonar
o Rio, onde poderiam ser realizadas as partidas em que o time tivesse o mando de quadra.
"O Vasco entrou apenas como
patrocinador do time, e por isso
mantivemos a estrutura em Três
Corações", disse o supervisor da
equipe, Henrique Antonio Dias.
Segundo Dias, o fato de jogar
em Minas pode até ser positivo
para a presença de público. O supervisor acredita que o número
de torcedores nos jogos deverá ser
maior em Três Corações do que se
todas as partidas fossem no Rio.
"No geral, é até melhor jogar em
Três Corações. Nós tivemos a melhor média de público da Superliga do ano passado." Dias, porém,
acha que o Vasco poderia mandar
algumas partidas no Rio. "Poderíamos ter um bom público no
Rio nos jogos grandes", afirmou.
O supervisor também acha que,
se mais clubes do futebol estivessem no vôlei, os ginásios estariam
mais cheios. "Se times tradicionais como Flamengo, Grêmio e
Cruzeiro estivessem no vôlei, poderíamos ter mais público", disse.
Sem ter o mesmo poder de escolha do time do Vasco, o Palmeiras
foi "obrigado" a adotar a cidade
de Guarulhos no torneio mais importante do calendário nacional.
"Nossa quadra não está em condições de jogo. A vistoria feita pela
CBV (Confederação Brasileira de
Vôlei) vetou o ginásio do Parque
Antarctica para a Superliga", afirmou o supervisor da equipe paulistana, Carlos Kamal.
Segundo ele, como o clube
aguarda a definição de uma parceria econômica que viabilize o
projeto de reformulação das áreas
de lazer do clube, o ginásio não
foi reformado para a temporada.
"Por causa do projeto de ampliação do estádio, decidiu-se não
reformar o ginásio", disse Kamal.
Sem quadra, o Palmeiras foi
obrigado a utilizar o ginásio João
do Pulo, em Guarulhos, para
mandar suas partidas. Isso, porém, não é novidade para a equipe, que já realizou algumas de
suas partidas do Campeonato
Paulista na quadra da cidade.
"Nós dividimos as sedes dos jogos com Guarulhos (no Estadual)
já para tentar atrair um público,
para formar uma identidade com
a torcida", afirmou Kamal.
A mudança do local dos jogos,
porém, não influenciou na presença do público, segundo o supervisor. "(A presença do público) Depende muito da fase do time e do adversário. Em Guarulhos, o ideal seria jogar em outro
ginásio, que fica ao lado de uma
escola. Aí atrairíamos o público
mais jovem", disse.
No lançamento da Superliga
deste ano, o presidente da CBV,
Ary da Graça Filho, incentivou a
participação dos clubes de futebol
no vôlei. Para o dirigente, com os
clubes também nas quadras, suas
torcidas poderiam aumentar a
média de público nos ginásios.
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