DA REPORTAGEM LOCAL

Fred Smania não é um auxiliar técnico comum. O trabalho do braço direito de Jair Picerni no Palmeiras não limita-se a observar adversários e ficar nas numeradas para ver o jogo "do alto" e passar informações ao chefe à beira do gramado.
Smania, 52, chegou com Picerni ao Palmeiras, no final de 2002, e tem também a tarefa de ajudar o treinador palmeirense a definir o elenco com que irão trabalhar durante a temporada.
É com ele que Picerni discute nomes de jogadores a serem indicados para contratação e também os que devem ser dispensados.
"Como o conheço há muito tempo, temos afinidade. Sei como ele pensa, como ele age", diz o auxiliar, para quem o chefe -que quando trabalhava no São Caetano o indicou para ser espião de adversários- é sobretudo "um grande amigo".
A liberdade de Smania com o técnico do Palmeiras é tanta que ele tem a autonomia de vetar nomes de jogadores para o elenco. "Já aconteceu de eu vetar quem o Picerni queria. Sou amigo dele, mas não puxa-saco. Eu o questiono quando acho necessário", ressalta Smania.
"Mas é claro que esse tipo de discussão acontece quando estamos só eu e ele. A última palavra é sempre dele", completa o assistente. (PGA)



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