São Paulo, domingo, 11 de janeiro de 2009

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Localização é desfavorável para o país

DA REPORTAGEM LOCAL

A atual situação brasileira é explicável pelas condições do tênis mundial, segundo pessoas ligadas ao esporte.
No circuito profissional, há 63 torneios, fora os quatro Grand Slams e a Copa Davis, ao longo da temporada.
"A oferta é muito grande. E como o Brasil está muito longe e os caras viajam muito, eles acabam dando preferência aos EUA e à Europa", afirma Dácio Campos, promotor do Grand Champions Brasil.
Luiz Felipe Tavares, da Koch Tavares, concorda com a análise. "O calendário é excruciante. É uma coisa complicada, com uma série de pessoas e interesses envolvidos, mas que precisa ser repensada a médio e longo prazo", disse o promotor do Torneio da Costa do Sauipe.
Para o ex-tenista Fernando Meligeni, que jogou na Bahia e os torneios de veteranos no Brasil, o tênis ficou com custo muito alto.
"Apesar disso e da época do ano, vêm uns caras bons para cá, como o [Carlos] Moyá e o [Nicolas] Almagro", afirmou Meligeni. "A culpa não é do promotor."
Como as condições não são boas para a Costa do Sauipe, eles são amplamente favoráveis à realização de torneios de veteranos.
"São coisas distintas. Mas, se o evento [de veteranos] for benfeito, quem gosta de tênis se interessa, pois vai poder assistir a jogadores que fizeram história", afirmou Nelson Aerts, da Try Sports, promotora do Rio Champions, que será em março.
Dacio Campos, do Grand Champions Brasil, diz haver espaço para os concorrentes.
"A fórmula é boa. Uma prova disso é que trouxeram outro circuito. É um orgulho terem copiado", afirmou.
Para Meligeni, não existe o risco de canibalização. "Quem não quer ver em ação McEnroe, Sampras? O torcedor tem a chance de ver caras que nunca viu na vida."
Para Luiz Felipe Tavares, o único senão desse tipo de evento é ficar "descontraído demais". "O risco é esse", analisou ele. (FI)

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