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Localização é desfavorável para o país
DA REPORTAGEM LOCAL
A atual situação brasileira
é explicável pelas condições
do tênis mundial, segundo
pessoas ligadas ao esporte.
No circuito profissional,
há 63 torneios, fora os quatro
Grand Slams e a Copa Davis,
ao longo da temporada.
"A oferta é muito grande. E
como o Brasil está muito longe e os caras viajam muito,
eles acabam dando preferência aos EUA e à Europa", afirma Dácio Campos, promotor
do Grand Champions Brasil.
Luiz Felipe Tavares, da
Koch Tavares, concorda com
a análise. "O calendário é excruciante. É uma coisa complicada, com uma série de
pessoas e interesses envolvidos, mas que precisa ser repensada a médio e longo prazo", disse o promotor do Torneio da Costa do Sauipe.
Para o ex-tenista Fernando Meligeni, que jogou na
Bahia e os torneios de veteranos no Brasil, o tênis ficou
com custo muito alto.
"Apesar disso e da época
do ano, vêm uns caras bons
para cá, como o [Carlos] Moyá e o [Nicolas] Almagro",
afirmou Meligeni. "A culpa
não é do promotor."
Como as condições não
são boas para a Costa do
Sauipe, eles são amplamente
favoráveis à realização de
torneios de veteranos.
"São coisas distintas. Mas,
se o evento [de veteranos] for
benfeito, quem gosta de tênis
se interessa, pois vai poder
assistir a jogadores que fizeram história", afirmou Nelson Aerts, da Try Sports, promotora do Rio Champions,
que será em março.
Dacio Campos, do Grand
Champions Brasil, diz haver
espaço para os concorrentes.
"A fórmula é boa. Uma
prova disso é que trouxeram
outro circuito. É um orgulho
terem copiado", afirmou.
Para Meligeni, não existe o
risco de canibalização.
"Quem não quer ver em ação
McEnroe, Sampras? O torcedor tem a chance de ver caras
que nunca viu na vida."
Para Luiz Felipe Tavares, o
único senão desse tipo de
evento é ficar "descontraído
demais". "O risco é esse",
analisou ele.
(FI)
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