|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AmBev afirma que está no seu direito
DO ENVIADO A HONG KONG
A AmBev admite que o amistoso da seleção brasileira em Hong
Kong pouco tem a ver com marketing do guaraná Antarctica, o
produto que deveria estar associado ao time nacional.
"Resolvemos não fazer nada
desta vez. Recebemos algumas
opções da CBF e optamos por
Hong Kong. Isso é um direito da
empresa", afirmou Adilson Miguel, diretor da AmBev que cuida
da relação com a seleção.
Assim, fica claro que a principal
missão da partida contra Hong
Kong foi colocar US$ 1 milhão no
cofre da empresa de bebidas, como determina o contrato.
A AmBev também reconheceu
que a associação com a Carlsberg
teve peso na hora de mandar o
Brasil jogar em Hong Kong. "É
claro que isso é importante", afirma o executivo da empresa.
Por mais que a CBF já tenha demonstrado desgosto com os rumos que a AmBev deu ao contrato, nenhuma parceria é hoje tão
rentável para a confederação como a mantida com a multinacional de bebidas. Por um contrato
de 18 anos, a CBF recebe US$ 10
milhões (R$ 26 milhões) anuais.
A Vivo, companhia de telefonia
que recentemente fechou com a
CBF, pagará metade desse valor.
A AmBev substituiu a Coca-Cola, patrocinadora do time nacional por muitos anos e que desfez a
parceria em clima nada amigável
-seu contrato foi rescindido antes do término.
Com seu outro grande patrocinador, a Nike -que paga US$ 12
milhões/ano mas não tem mais
direito de explorar amistosos-, a
CBF já teve problemas por ceder
os direitos na organização desses
jogos. E empresa americana foi
fortemente criticada por marcar
confrontos contra rivais de baixa
categoria em datas e locais inapropriados, como ocorreu agora
no confronto com Hong Kong
marcado pela AmBev.
Esse foi um dos fatores que levaram o contrato entre CBF e Nike
ser investigado em uma CPI realizada na Câmara em Brasília.
Além de seus patrocinadores, a
CBF busca uma quarta empresa
para investir na seleção. Assim
como a Vivo e a Nike (depois da
mudança do contrato da última),
o novo parceiro não deve ter o direito de explorar amistosos do time nacional.
(PC)
Texto Anterior: Memória: Ao fechar acordo, CBF descartou unir futebol ao álcool Próximo Texto: Saiba mais: Regra interna é mais severa que lei de publicidade Índice
|