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São Paulo busca manter freguesia sem "time-base"
Equipe tenta ampliar série invicta contra o Corinthians desfalcada da espinha dorsal montada a partir de 2005
Fabão, Danilo, Mineiro e Lugano saíram, enquanto Souza está machucado e
Júnior segue barrado pelo treinador Muricy Ramalho
DA REPORTAGEM LOCAL
A partir da final do Paulista-03, quando sofreu o último revés diante do Corinthians, clássico contra o time do Parque
São Jorge sempre foi motivo de
festa para os são-paulinos.
Quase quatro anos depois e
um saldo de 11 jogos sem derrota, o São Paulo tenta agora
manter a hegemonia doméstica, mas sem a espinha dorsal
que ajudou a construir a larga
vantagem sobre os corintianos.
Juntos na classificação
-contabilizam 15 pontos-,
São Paulo e Corinthians entram com realidades distintas
para o confronto no Morumbi.
Com um futebol que ainda
não convenceu na temporada,
apesar da invencibilidade na
competição, Muricy Ramalho
tem nas mãos um time pouco
identificado com a longa série
sem derrotas para o rival.
Também pudera. Com sete
participações nessa fase de vitórias, Danilo e Fabão se transferiram para o futebol do Japão. O volante Mineiro -enfrentou o Corinthians em seis
oportunidades- também arrumou as malas e hoje joga na
Alemanha. O uruguaio Lugano,
atualmente na Turquia, com
quatro partidas, também é outro desfalque relevante.
Para completar o clima de
deserção, mais dois titulares
que estão invictos diante dos
corintianos ficam de fora nesta
tarde: Souza, por contusão, e
Júnior, barrado por Jadílson.
Cabe a Rogério, que atuou
em 10 dos 11 jogos desta invencibilidade, tentar segurar o rojão lá atrás. Depois do capitão
são-paulino, o titular que mais
vezes enfrentou o Corinthians
nesse período, e que vai estar
em campo hoje, é o volante Josué -quatro partidas.
Mas como o intuito no Morumbi é evitar o clima de favoritismo, o assunto tabu é logo
desmistificado. "Tabu não tem
nada a ver. Dentro de campo,
isso nem passa pela cabeça da
gente", disse o volante Josué.
O zagueiro Miranda, que enfrenta o Corinthians pela primeira vez, chegou a exagerar.
"Vencer o Corinthians é tão
importante como vencer o Santos, o Palmeiras ou o São Caetano", disse. Ao ser questionado
se encarar o time do ABC teria a
mesma dimensão de um duelo
contra o Corinthians, ele recuou. "É. São Caetano não. Mas
Palmeiras e Santos têm a mesma importância sim", afirmou.
Pelo lado do Corinthians, a
luta é pelo gostinho de vitória.
Do elenco atual, nenhum jogador bateu o São Paulo. Betão e
Marcelo Mattos -com seis jogos- são os que mais sofreram
com a eficiência são-paulina no
período de seca de triunfos.
Mas é o técnico Leão o primeiro a colocar a escrita negativa como fator extracampo. "Tabu? A mim não incomoda. Fiz
um jogo contra eles, e empatamos com nove em campo. Se
incomodar a mim, tem que incomodar a eles [são-paulinos],
que não me venceram."
Mas, apesar de esnobar o fato, o saldo corintiano é bem negativo quando tem o São Paulo
pela frente. O time do Parque
São Jorge demitiu 14 técnicos
após trombar com o rival, sendo que cinco foram da era MSI.
Hoje os dois times realizam o
segundo clássico do Estadual (o
primeiro, domingo passado, foi
Palmeiras 3 x 3 Santos), que poderá assegurar a hegemonia
são-paulina ou, quem sabe, dar
início a uma série corintiana.
(EDUARDO ARRUDA E TONI ASSIS)
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