São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 2007

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São Paulo busca manter freguesia sem "time-base"

Equipe tenta ampliar série invicta contra o Corinthians desfalcada da espinha dorsal montada a partir de 2005

Fabão, Danilo, Mineiro e Lugano saíram, enquanto Souza está machucado e Júnior segue barrado pelo treinador Muricy Ramalho


DA REPORTAGEM LOCAL

A partir da final do Paulista-03, quando sofreu o último revés diante do Corinthians, clássico contra o time do Parque São Jorge sempre foi motivo de festa para os são-paulinos.
Quase quatro anos depois e um saldo de 11 jogos sem derrota, o São Paulo tenta agora manter a hegemonia doméstica, mas sem a espinha dorsal que ajudou a construir a larga vantagem sobre os corintianos.
Juntos na classificação -contabilizam 15 pontos-, São Paulo e Corinthians entram com realidades distintas para o confronto no Morumbi.
Com um futebol que ainda não convenceu na temporada, apesar da invencibilidade na competição, Muricy Ramalho tem nas mãos um time pouco identificado com a longa série sem derrotas para o rival.
Também pudera. Com sete participações nessa fase de vitórias, Danilo e Fabão se transferiram para o futebol do Japão. O volante Mineiro -enfrentou o Corinthians em seis oportunidades- também arrumou as malas e hoje joga na Alemanha. O uruguaio Lugano, atualmente na Turquia, com quatro partidas, também é outro desfalque relevante.
Para completar o clima de deserção, mais dois titulares que estão invictos diante dos corintianos ficam de fora nesta tarde: Souza, por contusão, e Júnior, barrado por Jadílson.
Cabe a Rogério, que atuou em 10 dos 11 jogos desta invencibilidade, tentar segurar o rojão lá atrás. Depois do capitão são-paulino, o titular que mais vezes enfrentou o Corinthians nesse período, e que vai estar em campo hoje, é o volante Josué -quatro partidas.
Mas como o intuito no Morumbi é evitar o clima de favoritismo, o assunto tabu é logo desmistificado. "Tabu não tem nada a ver. Dentro de campo, isso nem passa pela cabeça da gente", disse o volante Josué.
O zagueiro Miranda, que enfrenta o Corinthians pela primeira vez, chegou a exagerar.
"Vencer o Corinthians é tão importante como vencer o Santos, o Palmeiras ou o São Caetano", disse. Ao ser questionado se encarar o time do ABC teria a mesma dimensão de um duelo contra o Corinthians, ele recuou. "É. São Caetano não. Mas Palmeiras e Santos têm a mesma importância sim", afirmou.
Pelo lado do Corinthians, a luta é pelo gostinho de vitória. Do elenco atual, nenhum jogador bateu o São Paulo. Betão e Marcelo Mattos -com seis jogos- são os que mais sofreram com a eficiência são-paulina no período de seca de triunfos.
Mas é o técnico Leão o primeiro a colocar a escrita negativa como fator extracampo. "Tabu? A mim não incomoda. Fiz um jogo contra eles, e empatamos com nove em campo. Se incomodar a mim, tem que incomodar a eles [são-paulinos], que não me venceram."
Mas, apesar de esnobar o fato, o saldo corintiano é bem negativo quando tem o São Paulo pela frente. O time do Parque São Jorge demitiu 14 técnicos após trombar com o rival, sendo que cinco foram da era MSI.
Hoje os dois times realizam o segundo clássico do Estadual (o primeiro, domingo passado, foi Palmeiras 3 x 3 Santos), que poderá assegurar a hegemonia são-paulina ou, quem sabe, dar início a uma série corintiana.
(EDUARDO ARRUDA E TONI ASSIS)

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