DA REPORTAGEM LOCAL

De um lado, bola aérea. Do outro, jogo rasteiro. Para combater o tradicional chuveirinho que vem facilitando ao São Paulo chegar às redes adversárias, o técnico Emerson Leão traçou o que considera a forma de bater o inimigo de hoje: as jogadas em velocidade.
"O São Paulo tem uma zaga alta e usa esse trunfo com sabedoria. Mas também temos uma zaga com boa estatura para neutralizar essa estratégia", ensina Leão, que mostra ter um bom poder de observação sobre o que o técnico Muricy Ramalho tem em mãos. Dos 13 gols marcados pelo São Paulo Paulista, 4 foram de cabeça.
André Dias, Miranda, Alex Silva, Lenílson, Hugo e Aloísio têm entre 1,81 m e 1,92 m. Dos seis "gigantes" que tem no elenco, apenas Lenílson não é titular absoluto. No entanto o meia marcou três gols nas últimas duas partidas, sendo que dois foram de cabeça.
"Procuro sempre montar o esquema respeitando a característica dos meus jogadores. É assim que eu realizo o meu trabalho", falou Muricy.
Apesar da preocupação com a forte jogada aérea do rival, Leão acha que não será esse o fundamento que vai determinar a vitória no clássico.
"Para mim, o que deve decidir é a multiplicação técnica dentro de campo", falou o técnico, que aposta na força dos alas improvisados: Rosinei pela direita e Elton pela esquerda.
"Jogamos no esquema 5-5. Os alas [Rosinei e Elton] jogam bem avançados [para neutralizar os avanços de Reasco e Jadílson]. Os dois volantes recuam para fazer a cobertura. Só que um dos meias tem de voltar para ajudar a marcar e não deixar um buraco no meio", falou o treinador corintiano, que não relacionou o atacante Nilmar nem para o banco de reservas nesta tarde.0 (EAR E TA)


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