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Egito leva o título africano pela 6ª vez
Time bate Camarões, que teve Eto'o sumido e zagueiro vilão, como ocorreu na eliminatória para 2006
DA REPORTAGEM LOCAL
Camarões, seus zagueiros e o
astro Samuel Eto'o não dão sorte mesmo contra o Egito.
Ontem, na final da Copa da
África, em Gana, os egípcios
venceram o badalado adversário por 1 a 0 e conquistaram seu
sexto título da competição (o
segundo seguido), abrindo vantagem como os maiores vencedores do torneio continental,
disputado desde a década de
50. Se tivesse vencido, Camarões iria se igualar ao adversário com cinco taças.
A partida teve um roteiro parecido com outra decepção recente sofrida por Camarões
diante do Egito.
Em 2005, os árabes já estavam eliminados, mas foram os
responsáveis por Camarões ter
perdido uma vaga na Copa da
Alemanha, no jogo derradeiro
das duas equipes nas eliminatórias africanas.
Mesmo como visitante, o
Egito arrancou um empate em
1 a 1, que beneficiou a Costa do
Marfim. Na ocasião, Eto'o, o artilheiro do Barcelona, teve
atuação apagada e ainda foi
protagonista do lance que acabou sendo capital.
Já nos acréscimos, Camarões
teve um pênalti a seu favor, que
convertido classificaria o time.
Mas Eto'o teria se recusado a
bater, tarefa que ficou a cargo
do zagueiro Wome, que desperdiçou a chance. Depois, teve casa e carro destruídos por torcedores. Ainda teve que deixar o
próprio país às pressas e voltar
para a Itália, onde jogava na
época pela Inter de Milão.
Ontem, o vilão foi o zagueiro
e capitão Song. Ele tinha a bola
dominada na intermediária,
mas, de forma bisonha, a perdeu para Zidan, que rolou para
Aboutrika tocar na saída do goleiro e marcar o gol do título,
aos 32min do segundo tempo.
Logo depois da falha grotesca, Song colocou a camisa na
boca e olhou para o céu, lamentando o erro.
Em 1986, as duas seleções
também decidiram a Copa da
África, e também daquela vez o
Egito levou a melhor.
Na edição de 2008, o Egito se
mostrou mais firme do que Camarões tanto na competição
como no confronto derradeiro,
que teve as presenças de Joseph Blatter, presidente da Fifa, e de José Mourinho, português ex-técnico do Chelsea.
Os egípcios chegaram na decisão invictos, com quatro vitórias e um empate. Camarões já
havia perdido uma vez na primeira fase, justamente diante
do Egito, por 4 a 2.
O país árabe ainda tinha um
melhor saldo de gols (nove,
contra oito de Camarões) e
uma defesa mais segura (cinco
contra sete).
Na final, o agora hexacampeão africano criou as melhores chances, mas esbarrava nas
defesas de Kameni.
Isolado no ataque, Eto'o teve
uma boa chance apenas na primeira etapa.
Só depois que o Egito abriu o
placar Camarões resolveu
abandonar a cautela e partiu
para cima do adversários, mas
com muito mais empolgação do
que organização.
Logo depois do fim do jogo,
milhares de egípcios saíram às
ruas do Cairo comemorando o
título. As emissoras de TV classificavam os atletas e a comissão técnica como heróis.
Com agências internacionais
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