São Paulo, quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

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Palmeiras vence, mas rival também festeja em Teresina

Com organizadas lado a lado e ao som de "vuvuzela", time de Muricy Ramalho pouco cria e não elimina jogo de volta

Flamengo-PI 0
Palmeiras 1


RENAN CACIOLI
ENVIADO ESPECIAL A TERESINA

O Palmeiras não conseguiu eliminar o jogo da volta contra o Flamengo-PI. Em Teresina, porém, ninguém reclamou. O 1 a 0 acabou agradando a alviverdes, ganhadores, e rubro-negros, que terão a oportunidade de disputar mais um confronto, no dia 24, em São Paulo.
Ao som da "vuvuzela do Piauí" de fundo, a torcida se dividiu entre o time da casa e os astros forasteiros vestidos de verde. Teresina aplaudiu tanto a correria do camisa 10 local, Antônio Carlos, quanto a classe dos toques do camisa 10 adversário, Cleiton Xavier.
Na verdade, o duelo transformou-se em uma grande festa, perdendo um pouco da conotação de rivalidade entre a camisa de uma equipe grande vinda de fora e a rubro-negra.
Enquanto o Palmeiras se aquecia no campo, parte dos torcedores acomodados nas cadeiras vibrava com Diego Souza. Outros xingavam.
Mancha Alviverde e Nação Fla, facções rivais de Palmeiras e de Flamengo-PI, sentaram-se lado a lado, sem divisórias.
O que vale, no final das contas, é a paixão pelo jogo. Exemplo disso é que a reportagem foi indagada mais de uma vez por torcedores perguntando o placar de outros duelos, como o do São Paulo contra o Monterrey, pela Libertadores. Um desses fãs disse ser são-paulino.
Na Flagaita, uma das organizadas do Flamengo-PI, uma buzina de caminhão virou potente instrumento de percussão que ditou o ritmo da empolgação no estádio. Um toque certo na bola, por exemplo, ganhava uma sequência de buzinadas secas. Um passe torto, porém, merecia um aperto longo, simulando a sonora vaia.
O Albertão não silenciou em momento algum do jogo que opôs 11 atletas dispostos a fazer história e outros 11 lutando para espantar qualquer zebra.
O primeiro grupo de atletas levou o estádio ao delírio duas vezes na etapa inicial. Primeiro, quando trocou seis passes consecutivos, colocando o oponente "na roda". Depois, quando Joniel conseguiu acertar a trave de Deola, aos 18min.
Já o segundo mais preocupou Muricy Ramalho do que empolgou os palmeirenses presentes. O time criou pouco.
No segundo tempo, com o 0 a 0 ainda brilhando no placar eletrônico do Albertão, a torcida começou a gritar por Jardel.
O atacante, acima do peso, era quase um auxiliar do técnico Valter Maranhão antes de entrar na partida. Vez ou outra levantava da cadeira de plástico que funciona como banco de reservas e passava alguma instrução para o "professor".
Antes que o ídolo piauiense pudesse entrar, porém, Diego Souza festejou seu gol, aos 30min. Jardel só pisou no gramado aos 48min. Não deu nem um toque na bola sequer.



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