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São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2003

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OLIMPÍADA

Pacto prevê R$ 665 mil ao time ligado à AmBev

Coca-Cola faz acordo com o COB e promete bicho à seleção em Atenas

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Depois de perder o patrocínio da CBF para a AmBev em 2001, a Coca-Cola já definiu uma estratégia para capitalizar publicitariamente uma eventual inédita medalha de ouro em Atenas-2004.
No contrato assinado ontem com o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), a empresa se comprometeu a patrocinar a premiação que a entidade vai pagar aos atletas na Olimpíada.
No caso do futebol, a Coca-Cola decidiu que vai pagar R$ 665 mil para os 18 jogadores que serão comandados por Ricardo Gomes na Grécia. Além disso, o vice-presidente de marketing da Coca-Cola Brasil, Fernando Mazzarolo, disse que a empresa pretende explorar a imagem dos atletas campeões.
Pelo acordo, a Coca-Cola só vai liberar o "bicho" caso cada atleta autorize a cessão da sua imagem na solenidade de premiação, que será organizada pela empresa.
"A nossa intenção é premiar os vencedores independentemente da modalidade", disse Mazzarolo.
Segundo ele, o contrato não entra em conflito com os interesses da AmBev. "Nosso relacionamento é com o COB. De nossa parte, não existe problema."
Já a AmBev respondeu à intenção da Coca-Cola de premiar os atletas. Segundo sua assessoria de imprensa, a empresa não vai permitir que a concorrente explore a imagem dos campeões olímpicos com a camisa do Brasil. A AmBev diz que a marca da seleção brasileira é exclusiva da empresa.
O final da parceria da CBF com a Coca-Cola foi tenso. No início de 2001, a CBF anunciou o rompimento. Logo em seguida, assinou um contrato de cerca de US$ 170 milhões com a AmBev até 2018.
Por causa da rescisão, a Coca-Cola entrou na Justiça cobrando uma indenização. Segundo Mazzarolo, ainda não houve decisão.
Pelo acordo selado com a AmBev, a empresa pode utilizar até nos uniformes da seleção a logomarca de qualquer um de seus produtos, entre eles as cervejas.
No contrato firmado com o COB, a Coca-Cola vai premiar também os atletas que quebrarem recordes e ficarem entre os oito finalistas, além dos medalhistas. Para isso, a empresa já destinou R$ 2,1 milhões. A empresa também fechou parceria com as equipes olímpicas de ginástica artística feminina (R$ 600 mil), judô (R$ 800 mil) e triatlo (R$ 400 mil).


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