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Empolgada, Indy já fala em 2 provas no Brasil
Dirigente comercial da categoria diz
que mercado brasileiro é fundamental
Segundo Terry Angstadt,
tradição nos monopostos,
qualidade dos pilotos e nível
dos investimentos fazem
país merecer uma 2ª corrida
FÁBIO SEIXAS
EDITOR-ADJUNTO DE ESPORTE
JOSÉ EDUARDO MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL
São seis pilotos, maior contingente entre os países representados no grid. Há o fornecimento de combustível, a transmissão de todas as provas pela
TV aberta, a participação em
97% das corridas na história.
E uma etapa no calendário,
no Anhembi, em São Paulo.
Por enquanto.
Porque segundo o americano
Terry Angstadt, presidente da
divisão comercial da IRL (Indy
Racing League), entidade que
comanda a Indy, o Brasil pode
receber uma segunda prova.
Em entrevista à Folha, o dirigente, que desembarca hoje
no país, afirmou que o peso do
mercado brasileiro para a categoria justificaria mais uma data. E declara que seria "mais lógico" aproveitar o frete da categoria ao Brasil para correr em
dois finais de semana seguidos.
"Já discutimos sobre duas
provas no Brasil, inclusive com
a mais alta esfera do seu governo, o presidente Lula [eles se
encontraram em 2 de fevereiro]. Nosso plano, porém, é executar bem essa primeira experiência, fazer tudo certo, entregar um bom produto aos fãs. E
depois, muito possivelmente,
partir para a segunda corrida."
Para o executivo, que passou
pelas empresas de material esportivo Wilson, Kaepa e Fila
antes de assumir o posto em
Indianápolis, em 2000, o Brasil
é vital para o campeonato.
Embora refute a expressão
"regional", Angstadt diz que a
categoria seria outra, menor,
sem a participação brasileira
-pilotos brasileiros correram
180 das 186 provas na história.
"Vocês têm uma longa tradição em monopostos, são fãs
desse tipo de competição. Nossos pilotos top são brasileiros, e
os torcedores seguem os pilotos, não as equipes. Além disso,
desde 2009 temos um acordo
com a Apex para abastecer os
carros com etanol brasileiro."
Fato é que, em alguns aspectos, a Indy é maior no Brasil do
que no seu país-natal. Na TV,
por exemplo. A ABC, rede americana, mostrará apenas cinco
etapas do campeonato. A Bandeirantes promete exibir as 17.
E, se algumas vezes tanta
brasilidade é alvo de críticas
nos EUA, Angstaad apela para
o discurso da diversidade. "É
um dos valores que tentamos
propagar. Mas, infelizmente,
não podemos agradar a todos."
Hoje, Angstaad participa de
um evento no circuito do
Anhembi com pilotos e organizadores. Os treinos na pista de
rua paulistana acontecem no
sábado, a partir das 9h. No domingo, a largada será às 13h.
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