São Paulo, quinta-feira, 11 de março de 2010

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Empolgada, Indy já fala em 2 provas no Brasil

Dirigente comercial da categoria diz que mercado brasileiro é fundamental

Segundo Terry Angstadt, tradição nos monopostos, qualidade dos pilotos e nível dos investimentos fazem país merecer uma 2ª corrida

FÁBIO SEIXAS
EDITOR-ADJUNTO DE ESPORTE
JOSÉ EDUARDO MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

São seis pilotos, maior contingente entre os países representados no grid. Há o fornecimento de combustível, a transmissão de todas as provas pela TV aberta, a participação em 97% das corridas na história.
E uma etapa no calendário, no Anhembi, em São Paulo.
Por enquanto.
Porque segundo o americano Terry Angstadt, presidente da divisão comercial da IRL (Indy Racing League), entidade que comanda a Indy, o Brasil pode receber uma segunda prova.
Em entrevista à Folha, o dirigente, que desembarca hoje no país, afirmou que o peso do mercado brasileiro para a categoria justificaria mais uma data. E declara que seria "mais lógico" aproveitar o frete da categoria ao Brasil para correr em dois finais de semana seguidos.
"Já discutimos sobre duas provas no Brasil, inclusive com a mais alta esfera do seu governo, o presidente Lula [eles se encontraram em 2 de fevereiro]. Nosso plano, porém, é executar bem essa primeira experiência, fazer tudo certo, entregar um bom produto aos fãs. E depois, muito possivelmente, partir para a segunda corrida."
Para o executivo, que passou pelas empresas de material esportivo Wilson, Kaepa e Fila antes de assumir o posto em Indianápolis, em 2000, o Brasil é vital para o campeonato.
Embora refute a expressão "regional", Angstadt diz que a categoria seria outra, menor, sem a participação brasileira -pilotos brasileiros correram 180 das 186 provas na história.
"Vocês têm uma longa tradição em monopostos, são fãs desse tipo de competição. Nossos pilotos top são brasileiros, e os torcedores seguem os pilotos, não as equipes. Além disso, desde 2009 temos um acordo com a Apex para abastecer os carros com etanol brasileiro."
Fato é que, em alguns aspectos, a Indy é maior no Brasil do que no seu país-natal. Na TV, por exemplo. A ABC, rede americana, mostrará apenas cinco etapas do campeonato. A Bandeirantes promete exibir as 17.
E, se algumas vezes tanta brasilidade é alvo de críticas nos EUA, Angstaad apela para o discurso da diversidade. "É um dos valores que tentamos propagar. Mas, infelizmente, não podemos agradar a todos."
Hoje, Angstaad participa de um evento no circuito do Anhembi com pilotos e organizadores. Os treinos na pista de rua paulistana acontecem no sábado, a partir das 9h. No domingo, a largada será às 13h.


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