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MOTOR
FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas
Um campeonato nas mãos dos mecânicos
A RED BULL foi o grande
destaque da temporada, a
Ferrari andou bem, a McLaren fez experimentações
malucas nesta semana, a
Sauber deu o velho golpe do
tanque vazio, a Williams
tem desempenho instigante,
a Toro Rosso comprovou
que vai fazer bonito...
Esqueça tudo isso.
Porque genialidades de
engenharia e fortunas gastas em desenvolvimento para descontar milésimos na
pista podem ir para o buraco com uma porca mal encaixada, o vacilo de um mecânico, uma chamada mal
calculada do pit wall...
E a chance de algo assim
acontecer será quatro vezes
maior nesta temporada.
Por orientação direta de
Ecclestone, a Pirelli produziu pneus que se degradam
muito mais rapidamente do
que os Bridgestone, utilizados até 2010. Muito mais.
No ano passado, era comum ver pilotos fazendo um
pit -e, mesmo assim, para
cumprir a regra de dois compostos diferentes por GP.
Agora, a história será
bem diferente. Os pilotos
acreditam em três ou quatro
pits stops por prova.
Oito pits por mecânico
naquela correria, naquele
nível de estresse, com aquela exigência de precisão.
Já dá para imaginar o que
vai acontecer, não dá?
Mais uma sacada de Ecclestone: para não abrir
mão dos tilkódromos, invariavelmente em países que
pagam bem à FOM, criou artificialmente trocas de posições. Serão elas que justificarão, ao fim do ano, seu
discurso de que "as provas
foram emocionantes e, portanto, nada será mudado".
Para o lado do torcedor,
vale uma reflexão...
A F-1 que começou nos
braços dos pilotos, foi para a
prancheta dos projetistas,
passou para os chips dos
computadores e chegou à
cabeça dos estrategistas,
agora está nas mãos dos
mecânicos. Uma nova fase.
Mas este colunista, bobamente saudosista, ainda
prefere a primeira.
F-1
HOMENAGEM
As cinzas de Luizinho Pereira Bueno serão depositadas na antiga Curva 1 de Interlagos, amanhã, às 10h45. Amigos e fãs do ex-piloto poderão acessar o local pelo portão 2 do kartódromo e estacionar os carros na antiga Curva 2. Não haveria lugar melhor: a "1", onde brilhava. Parabéns à família, à direção do circuito, aos amigos atenciosos e dedicados.
MOTOGP
ADAPTAÇÃO
Sem tempo para transformar a Ducati, Rossi resolveu transformar a si próprio. Disse que, nas primeiras provas do ano, vai adaptar seu estilo ao da nova moto, mais traseira do que a Yamaha. O italiano não precisa provar nada faz tempo, mas vai ser bacana checar o que vai conseguir nas primeiras provas.
Gênios estão aí para isso. O
Mundial começa no dia 20.
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