São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 2011

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MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Um campeonato nas mãos dos mecânicos

A RED BULL foi o grande destaque da temporada, a Ferrari andou bem, a McLaren fez experimentações malucas nesta semana, a Sauber deu o velho golpe do tanque vazio, a Williams tem desempenho instigante, a Toro Rosso comprovou que vai fazer bonito...
Esqueça tudo isso.
Porque genialidades de engenharia e fortunas gastas em desenvolvimento para descontar milésimos na pista podem ir para o buraco com uma porca mal encaixada, o vacilo de um mecânico, uma chamada mal calculada do pit wall...
E a chance de algo assim acontecer será quatro vezes maior nesta temporada.
Por orientação direta de Ecclestone, a Pirelli produziu pneus que se degradam muito mais rapidamente do que os Bridgestone, utilizados até 2010. Muito mais.
No ano passado, era comum ver pilotos fazendo um pit -e, mesmo assim, para cumprir a regra de dois compostos diferentes por GP.
Agora, a história será bem diferente. Os pilotos acreditam em três ou quatro pits stops por prova.
Oito pits por mecânico naquela correria, naquele nível de estresse, com aquela exigência de precisão.
Já dá para imaginar o que vai acontecer, não dá?
Mais uma sacada de Ecclestone: para não abrir mão dos tilkódromos, invariavelmente em países que pagam bem à FOM, criou artificialmente trocas de posições. Serão elas que justificarão, ao fim do ano, seu discurso de que "as provas foram emocionantes e, portanto, nada será mudado".
Para o lado do torcedor, vale uma reflexão...
A F-1 que começou nos braços dos pilotos, foi para a prancheta dos projetistas, passou para os chips dos computadores e chegou à cabeça dos estrategistas, agora está nas mãos dos mecânicos. Uma nova fase.
Mas este colunista, bobamente saudosista, ainda prefere a primeira.

F-1
HOMENAGEM
As cinzas de Luizinho Pereira Bueno serão depositadas na antiga Curva 1 de Interlagos, amanhã, às 10h45. Amigos e fãs do ex-piloto poderão acessar o local pelo portão 2 do kartódromo e estacionar os carros na antiga Curva 2. Não haveria lugar melhor: a "1", onde brilhava. Parabéns à família, à direção do circuito, aos amigos atenciosos e dedicados.

MOTOGP
ADAPTAÇÃO
Sem tempo para transformar a Ducati, Rossi resolveu transformar a si próprio. Disse que, nas primeiras provas do ano, vai adaptar seu estilo ao da nova moto, mais traseira do que a Yamaha. O italiano não precisa provar nada faz tempo, mas vai ser bacana checar o que vai conseguir nas primeiras provas. Gênios estão aí para isso. O Mundial começa no dia 20.


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