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Invasão foi positiva para Thiago, diz o vice de futebol são-paulino
DO PAINEL FC
E DA REPORTAGEM LOCAL
Ter a roupa arrancada por torcedores, até ficar apenas de cueca
em pleno gramado, foi bom para
o atacante Thiago. A afirmação
foi feita pelo vice de futebol são-paulino, Juvenal Juvêncio.
"No dia seguinte ao jogo, ele
acordou muito mais famoso do
que era. Esse episódio foi positivo
para o jogador", disse o dirigente,
sobre o fato ocorrido anteontem.
Thiago foi despido quando torcedores invadiram o campo para
festejar o vice-campeonato paulista, anteontem, no fim do jogo
com o Ituano, em Mogi Mirim.
Porém o artilheiro da equipe no
Paulista, com dez gols, disse que o
episódio chegou a preocupar sua
família. "Nem a minha mãe, nem
o meu pai tinham visto a invasão.
Ficaram sabendo por um parente.
Minha mãe ligou preocupada,
mas logo eu a tranqüilizei, dizendo que tudo estava sob controle."
Ele afirmou ter ficado assustado
com a atitude dos fãs. Alguns deles vestiam uma camisa da campanha de Juvêncio, amarela, com
as iniciais do dirigente, que concorrerá à presidência do clube.
"Não tenho culpa nenhuma nisso, quem falhou lá foi a polícia",
disse o dirigente do São Paulo.
Ele negou ter mandado fazer as
camisetas usadas por alguns dos
invasores, inclusive o que levou
uma chuteira. "Foi um publicitário amigo que mandou fazer. Como vou saber o que as pessoas
com a camisa vão fazer?"
Motivo de piada entre os companheiros, Thiago disse que teve
que brigar para não ficar completamente nu. "Eles [torcedores]
chegaram e começaram a brigar
para ver quem levava o quê.
Quando tiraram o short, segurei a
cueca com toda a força. Pelado eu
não ficaria de jeito nenhum" , falou o jogador, que só chegou a salvo no vestiário porque o chefe de
segurança do clube, Marcos Roberto dos Santos, entrou no campo para dispersar os torcedores.
Se os jogadores passaram aperto após o jogo, a diretoria tentou
minimizar os efeitos da invasão.
"Foi uma coisa atípica. Ela ocorreu porque choveu muito. Tinha
um dilúvio lá, e todos estavam
preocupados com raios e trovões", afirmou o superintendente
de futebol Marco Aurélio Cunha.
Na súmula, o árbitro Élcio Paschoal Borborema não apontou
gravidade no episódio. "Logo
após o encerramento da partida,
houve uma invasão de campo de
diversos torcedores oriundos das
arquibancadas para abraçar os
atletas da equipe do São Paulo.
Não ocorreram incidentes nem
com a arbitragem nem com os
atletas de ambas equipes."
O ato dos são-paulinos, no entanto, pode custar algum tipo de
sanção ao time. Segundo Antônio
Carlos Meccia, auditor do TJD, o
clube pode ser multado. O Mogi
Mirim também corre risco de ser
punido por causa das invasões.
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