São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 2006

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Invasão foi positiva para Thiago, diz o vice de futebol são-paulino

DO PAINEL FC
E DA REPORTAGEM LOCAL


Ter a roupa arrancada por torcedores, até ficar apenas de cueca em pleno gramado, foi bom para o atacante Thiago. A afirmação foi feita pelo vice de futebol são-paulino, Juvenal Juvêncio.
"No dia seguinte ao jogo, ele acordou muito mais famoso do que era. Esse episódio foi positivo para o jogador", disse o dirigente, sobre o fato ocorrido anteontem.
Thiago foi despido quando torcedores invadiram o campo para festejar o vice-campeonato paulista, anteontem, no fim do jogo com o Ituano, em Mogi Mirim.
Porém o artilheiro da equipe no Paulista, com dez gols, disse que o episódio chegou a preocupar sua família. "Nem a minha mãe, nem o meu pai tinham visto a invasão. Ficaram sabendo por um parente. Minha mãe ligou preocupada, mas logo eu a tranqüilizei, dizendo que tudo estava sob controle."
Ele afirmou ter ficado assustado com a atitude dos fãs. Alguns deles vestiam uma camisa da campanha de Juvêncio, amarela, com as iniciais do dirigente, que concorrerá à presidência do clube.
"Não tenho culpa nenhuma nisso, quem falhou lá foi a polícia", disse o dirigente do São Paulo.
Ele negou ter mandado fazer as camisetas usadas por alguns dos invasores, inclusive o que levou uma chuteira. "Foi um publicitário amigo que mandou fazer. Como vou saber o que as pessoas com a camisa vão fazer?"
Motivo de piada entre os companheiros, Thiago disse que teve que brigar para não ficar completamente nu. "Eles [torcedores] chegaram e começaram a brigar para ver quem levava o quê. Quando tiraram o short, segurei a cueca com toda a força. Pelado eu não ficaria de jeito nenhum" , falou o jogador, que só chegou a salvo no vestiário porque o chefe de segurança do clube, Marcos Roberto dos Santos, entrou no campo para dispersar os torcedores.
Se os jogadores passaram aperto após o jogo, a diretoria tentou minimizar os efeitos da invasão.
"Foi uma coisa atípica. Ela ocorreu porque choveu muito. Tinha um dilúvio lá, e todos estavam preocupados com raios e trovões", afirmou o superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha.
Na súmula, o árbitro Élcio Paschoal Borborema não apontou gravidade no episódio. "Logo após o encerramento da partida, houve uma invasão de campo de diversos torcedores oriundos das arquibancadas para abraçar os atletas da equipe do São Paulo. Não ocorreram incidentes nem com a arbitragem nem com os atletas de ambas equipes."
O ato dos são-paulinos, no entanto, pode custar algum tipo de sanção ao time. Segundo Antônio Carlos Meccia, auditor do TJD, o clube pode ser multado. O Mogi Mirim também corre risco de ser punido por causa das invasões.


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