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São Paulo, domingo, 11 de maio de 2003

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FUTEBOL

Interino, Rojas escala quatro defensores contratados pela atual diretoria

São Paulo, enfim, terá zaga desejada pelos dirigentes

MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria do São Paulo assistirá hoje, finalmente, à defesa que sonhou para o time. Contra o Atlético-MG, sob o comando do interino Roberto Rojas, estarão juntos em campo Rogério, Leonardo, Lugano, Gustavo Nery, Fabiano (ou Jorginho) e Adriano.
Dois seis, quatro foram contratados pela administração Marcelo Portugal Gouvêa, que acaba de completar um ano.
Será a primeira vez do zagueiro uruguaio Diego Lugano entre os titulares do São Paulo e será a primeira vez que os seis defensores vão jogar juntos.
Lugano é a vedete do grupo. Elogiado com entusiasmo pelo presidente são-paulino, está incomodado com a pressão que se criou em torno da sua performance. Teme ser "massacrado" se uma "fatalidade" lhe acontecer e, por isso, pede paciência à torcida.
"É ridícula essa história de que mandaram o prestigiado Oswaldo [de Oliveira" embora por causa de um jogador de 23 anos como eu. Se domingo [hoje" acontecer uma fatalidade, vai sobrar tudo para mim. E um jogador não se faz em um jogo. Precisa de um campeonato, de uma sequência de jogos", afirmou o uruguaio, que não joga uma partida oficial desde 6 de abril, quando atuou pelo Campeonato Uruguaio.
O lateral-direito Leonardo também é visto com simpatia pelos dirigentes. Ex-Vasco e Palmeiras, foi contratado para a vaga de Gabriel, criticado abertamente pela cúpula do clube. Chegou em janeiro para ser titular, mas se machucou em março e só voltou aos campos na semana passada.
A sua contusão (púbis) abriu espaço para o retorno de Gabriel ao time titular, que depois virou o estopim da demissão de Oliveira. "Estou feliz por voltar a jogar", disse Leonardo, sem polemizar.
Fabiano, dono da vaga na lateral esquerda, também foi apresentado como estrela pelo presidente em janeiro, mas só ganhou a camisa 6 são-paulina em março, depois de muita espera da diretoria, nas vésperas das finais do Paulista contra o Corinthians.
A mudança empurrou Gustavo Nery para o miolo de zaga, para a vaga de Régis, que havia sido contratado do Fluminense a pedido de Oliveira e virou, então, o segundo reserva. O lateral, que estava se destacando na sua posição, aceitou a "transferência", mas não as críticas frequentes contra a zaga do São Paulo.
"Não é a minha posição [zagueiro", mas estou jogando bem pra caramba", respondeu Gustavo Nery, referindo-se às declarações dos dirigentes após a goleada sofrida para o Paysandu (5 a 2).
Já para o lugar de Maldonado, que deixou o clube em março e discute na Justiça a liberação do seu vínculo federativo, foi contratado Adriano, ex-Portuguesa Santista. O jogador assumiu o posto no meio, ganhando a vaga que antes era disputada por Júlio Baptista, Júlio Santos e Marcelo Gallo. Adriano ainda tem como "sombra" o recém-contratado Carlos Alberto, ex-Botafogo.
Só Rogério, cuja titularidade é inconteste na equipe, e Gustavo Nery, que ganhou lugar na zaga, não são "crias" da atual diretoria.
Nery, chamado de "laranja podre" por Nelsinho Baptista (antecessor de Oswaldo de Oliveira), só não deixou o clube no começo do ano porque não quis e porque Oliveira interferiu a seu favor -a diretoria cogitou envolvê-lo em negócio com o São Caetano.
No Mineirão, a partir das 16h, a cúpula são-paulina analisará a nata das 52 transferências (entre idas e vindas) que comandou desde que assumiu em abril de 2002. Kaká, com dores, pode desfalcar o time, que ainda não venceu fora de casa no Nacional.



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