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São Paulo, domingo, 11 de maio de 2003

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MEMÓRIA

Décadas de 80 e 90 destacaram Atletas de Cristo

DA REPORTAGEM LOCAL

A entidade Atletas de Cristo foi fundada em 1981 por João Leite, goleiro que fez fama no Atlético-MG. Conhecido como ""Goleiro de Deus" ou mesmo como ""João de Deus" (como é chamado o papa João Paulo 2º no Brasil), ele usou camisas com a mensagem ""Cristo salva" até a Fifa proibi-lo.
""Uma vez o Atlético-MG perdia do Vila Nova, e o técnico deles jogou bolas no campo para fazer cera. Joguei as bolas para a torcida. Falhei porque o time deles não tinha muito dinheiro. No outro dia, comprei um monte de bolas e levei todas para o clube. Pedi perdão a todos por lá", conta.
João Leite tratou de converter atletas, como Baltazar, na década de 80. A propaganda rapidamente deu resultado. Em 1985, o São Paulo lançou Muller e Silas, dois Menudos do Morumbi que despontaram como atletas de Cristo. No Inter, Taffarel.
No começo dos anos 90, a entidade multiplicou seu número de membros e teve grande exposição. Participaram em 1992 da final do Paulista 11 atletas de Cristo.
O Corinthians idolatraria pouco depois Marcelinho, jogador que causou polêmica ao pregar a palavra de Deus e tomar atitudes em campo pouco condizentes com seu discurso religioso.
No fim dos anos 90, ""São Marcos" foi abençoado na Libertadores (como Taffarel foi nas Copas de 1994 e 98). Em 2001, a revelação são-paulina Kaká passou a ser a grande figura religiosa dentro dos gramados. (RBU)


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