CLÁUDIA DIANNI
DE BUENOS AIRES

"É sua última chance", disse ontem Alfredo Cahe, médico do ex-meia Diego Maradona, 43, que está internado desde domingo na clínica psiquiátrica do Parque Leloir, no Hospital Italiano, que fica nos arredores de Buenos Aires.
Cahe se referia ao tratamento que o ex-craque iniciou para curar-se da dependência química.
"Nos rejeitaram de uma maneira incrível e chegou um momento que não sabíamos o que fazer", disse, referindo-se à dificuldade para encontrar uma clínica.
Desde quinta-feira, quando Maradona voltou a ser internado na clínica Suíço-Argentina, depois de ter abandonado o lugar sem alta médica, o ex-craque foi rejeitado por cinco clínicas especializadas na Argentina e no exterior.
O médico confirmou que "não contou com o consentimento de Maradona para interná-lo". Segundo ele, a autorização foi dada pela mulher do jogador, Cláudia Villafañe, e suas duas filhas.
"Você me traiu duas vezes", disse Maradona a Cahe, segundo o médico. De acordo com Cahe, o ex-atleta se referia às suas duas últimas internações: a de domingo na clínica psiquiátrica do Hospital Italiano e a segunda internação na Clínica Suíço-Argentina, para onde Maradona voltou na semana passada após a recaída que teve por causa de abusos alimentares.
Segundo Cahe, ontem o quadro clínico de Maradona era estável, "mas ele deve continuar o tratamento e deverá continuar internado por um longo tempo".


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