São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 2002

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Alerta

Argentina não pode perder
Inglaterra não pode perder
Alemanha não pode perder

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A YOKOHAMA

Imagine a Argentina fora da Copa logo na primeira fase. Bom? E se a Alemanha rodasse também antes do início do mata-mata? Legal? E a Inglaterra? Seria bacana vê-la eliminada bem cedo?
Começa para valer a semana do "olho grande" em cima dos principais adversários da seleção brasileira no caminho do penta.
Com a ajuda de seu grupo ""café com leite", o Brasil, classificado por antecipação, e seus milhões de torcedores, que sofreram nas eliminatórias, assistirão de camarote nas próximas horas ao desespero de argentinos, alemães e ingleses, entre outros.
Depois de ver a corda no pescoço dos franceses, atuais campeões mundiais, desde a abertura da Copa, chegou a vez de a Alemanha ir para o corredor da morte. Os tricampeões farão a pior campanha de toda a sua vitoriosa história se perderem hoje para Camarões, em Shizuoka, e não ganharem vaga nas oitavas-de-final.
Pouco tempo depois, na madrugada de amanhã, a campeã das eliminatórias sul-americanas, a sempre temida Argentina, tenta sobreviver em Miyagi, onde precisa de uma vitória contra a competente e bem armada Suécia.
No mesmo horário (3h30), mas em Osaka, a Inglaterra de Beckham e Owen jogará para não perder da Nigéria, resultado que deixaria sua vida na Copa do Mundo nas mãos de terceiros.
Os argentinos, quem diria, podem sair pela primeira vez na fase inicial do Mundial desde 1962. Os ingleses, mais uma vez cheios de pose, não sabem o que é cair na primeira fase desde os anos 50.
A matemática permite aos brasileiros sonhar sim com um mata-mata sem rivais de tradição e com vexames épicos para os seus mais tradicionais adversários.
A "catiça" pode ser uma arma poderosa do Brasil durante toda a semana, pois a quase imbatível Itália e a sensação Portugal também estão com pistolas apontadas para suas cabeças na terceira e última rodada da primeira fase.
Até mesmo Bélgica e Rússia, seleções européias medianas que potencialmente enfrentariam a equipe de Scolari nas oitavas, podem dar lugar à frágil Tunísia.
A Copa que mais prometia novidades já reservou algumas boas surpresas (para brasileiros, senegaleses, irlandeses, croatas, suecos...), mas pode proporcionar alegrias ainda maiores para os tetracampeões e para os que nunca conseguiram ganhar o Mundial.
Se você gosta de emoções fortes, pode começar a mandar uma corrente positiva contra os "inimigos". Se não confia muito na seleção de Luiz Felipe Scolari, a hora para secar os principais concorrentes do Brasil é agora.



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