|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
México e Irã medem métodos de preparação em Nuremberg
Seleção da Concacaf treina desde abril, e asiáticos fizeram poucos amistosos
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Em Nuremberg, México e Irã
confrontarão a preparação
mais longa com a mais atribulada, na tentativa de melhorarem
suas histórias em Copas.
No México, tudo começou
mais cedo. A seleção mexicana
deu início à sua preparação para o Mundial no dia 16 de abril,
em Acapulco. Dos 26 convocados pelo treinador Ricardo Lavolpe para aquela etapa, só 4
não se apresentaram no primeiro dia de trabalho.
"Apesar de estarmos numa
Copa do Mundo, onde sempre
existe mais pressão, vejo a minha equipe muito bem", diz Lavolpe, que elogia a juventude e
a experiência do grupo, no qual
se destaca o defensor Rafael
Márquez, do Barcelona campeão da Europa.
Já o Irã enfrentou dificuldades de fundo político para azeitar sua equipe. A atitude desafiadora do presidente Mahmoud Ahmadinejad, que defende seu programa nuclear
ante a comunidade internacional e até já negou o Holocausto
judeu, levou os iranianos para
um "eixo do mal" da bola.
Amistosos cancelados contra
seleções fortes, como Romênia
e Ucrânia, pedidos para um
duelo nem sequer respondidos
pela Espanha e necessidade de
investimento pesado para levar
equipes modestas, como a Costa Rica, a jogar em Teerã foram
alguns dos percalços.
Mas nada tira o entusiasmo
de atletas como o veterano Ali
Daei, 37. "Este é o melhor time
da história da república islâmica. Iremos passo a passo. Nossa
primeira meta é passar da primeira fase. Depois, tentaremos
estar nas quartas-de-final."
Mas há preocupações. O zagueiro Sattar Zare teve problemas nos ligamentos há três
dias, e a comissão técnica, que
se mexia para convocar um
substituto, desistiu e resolveu
apostar na recuperação dele.
O México tem sonhos maiores. Sede das Copas de 1970 e
1986, quando alcançou as quartas, o país tenta se libertar do
estigma de ter um campeonato
rico e um time que "joga como
nunca e perde como sempre".
"Nós acreditamos que podemos alcançar qualquer coisa",
disse o meia Pavel Pardo. "Se
nós encararmos cada jogo como uma final de Copa do Mundo, podemos ir muito além.
Talvez até a final. Não ligamos
para o passado ou para o que as
pessoas dizem, estamos aqui
para mudar isso e vencer."
Uma das demonstrações foi a
união do grupo em torno do
drama desta semana, vivido pelo goleiro Oswaldo Sánchez.
Com a morte do pai, causada
por um infarto, o titular voltou
ao México para acompanhar o
enterro, mas já regressou e vai a
campo hoje.
"Estou pronto para o jogo.
Me sinto bem, porque vamos
vencer", afirmou Sánchez.
NA TV - México x Irã
Globo, Bandsports, Sportv, Directv
e ESPN Brasil, ao vivo, às 13h
Texto Anterior: Ingleses festejam Copa do Mundo com cornetas, cerveja e poucas mulheres Próximo Texto: "Pátria Scolari", Portugal pega Angola Índice
|