São Paulo, segunda-feira, 11 de junho de 2007

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Pato afunda o Santos em gramado encharcado

Sob forte chuva, atacante faz gol da vitória do Internacional sobre o rival paulista

Internacional 1
Santos 0

DA REPORTAGEM LOCAL

Carrinhos na água, chutão como estratégia de jogo, bolas presas nas poças, goleiros inseguros e vários tombos. Foi o que se viu no jogo entre Internacional e Santos, realizado em um gramado do Beira-Rio encharcado pelas fortes chuvas que atingiram Porto Alegre ontem. O que faltou foi futebol.
O time gaúcho adaptou-se melhor às condições do jogo e chegou à vitória. O único gol foi marcado pelo atacante Alexandre Pato, que aproveitou falha do goleiro santista Roger.
Eliminado da Libertadores na semana passada, o Santos piora sua situação no Brasileiro. Caiu para penúltima posição na tabela, com apenas quatro pontos. O Inter confirmou a recuperação, acumulou duas vitórias e está na 13ª colocação.
A menos de duas horas da partida, parecia que o jogo não ocorreria. O árbitro Luis Antônio da Silva Santos indicava essa possibilidade, após inspeção no gramado. Só que, na hora do jogo, o juiz fez nova vistoria.
"Está uma maravilha comparado com o estado em que estava antes", avaliou Santos, decidindo pela realização do jogo.
Mas as poças por todo o gramado, principalmente nas laterais do campo, contrariavam sua declaração. E a intensidade da chuva aumentou.
Então, as duas defesas se limitavam a chutar bolas para a frente. No meio-de-campo, quase todos os toques rasteiros paravam em poças. Os atacantes recebiam poucas bolas e não conseguiam concluir em meio ao excesso de água.
Até o técnico Vanderlei Luxemburgo, que costuma gritar bastante ao lado do campo, ficou a maior parte do tempo sentado no banco, escondido da chuva de Porto Alegre.
Assim, sobravam carrinhos deslizando na água, que não eram punidos pelo árbitro -nem conseguia ver os lances por causa das poças.
Tanto que, na primeira etapa, o Santos perdeu 25 bolas, e o Inter, 27. Para efeito de comparação, os times do Brasileiro, em média, desperdiçam 38 jogadas em uma partida inteira até a quarta rodada. E só foram dez finalizações: o Santos chutou três vezes e errou todas.
As melhores oportunidades só surgiam em falhas dos goleiros, que não conseguiam controlar a bola pesada e molhada. E foi em erro do santista Roger, que substituiu Fábio Costa (está doente), que saiu o gol.
Após o goleiro soltar a bola na área, Alexandre Pato dominou na marca do pênalti e chutou colocado para abrir o placar, aos 41min. "Quem ganha é no detalhe. Agora, é seguir dando chutão para cima", analisou o atacante, reconhecendo o fator sorte sob a chuva.
Já o lateral santista Kléber afirmou que o Santos tinha que jogar "de acordo com as condições do campo". Com nova postura, o time paulista até que melhorou no segundo tempo.
Em vez de toques curtos, os santistas adotaram cruzamentos altos na área e chutes de longe. E contaram com mais força ofensiva, com Moraes no lugar de Adriano. Levaram perigo ao gol de Clemer, que também soltou algumas bolas.
Mas, na melhor das chances santistas, Moraes chutou forte de dentro da área para boa defesa do goleiro do time gaúcho.
E foi novamente em bola largada por Roger, após cobrança de falta, que o Internacional ameaçou. Edinho quase marcou no rebote. No final, o Santos pressionou, sem sucesso.
Os santistas voltam a jogar pelo Campeonato Brasileiro contra o Juventude, no próximo domingo, em Caxias do Sul.


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