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Pato afunda o Santos em gramado encharcado
Sob forte chuva, atacante faz gol da vitória do Internacional sobre o rival paulista
Internacional 1
Santos 0
DA REPORTAGEM LOCAL
Carrinhos na água, chutão
como estratégia de jogo, bolas
presas nas poças, goleiros inseguros e vários tombos. Foi o
que se viu no jogo entre Internacional e Santos, realizado em
um gramado do Beira-Rio encharcado pelas fortes chuvas
que atingiram Porto Alegre ontem. O que faltou foi futebol.
O time gaúcho adaptou-se
melhor às condições do jogo e
chegou à vitória. O único gol foi
marcado pelo atacante Alexandre Pato, que aproveitou falha
do goleiro santista Roger.
Eliminado da Libertadores
na semana passada, o Santos
piora sua situação no Brasileiro. Caiu para penúltima posição na tabela, com apenas quatro pontos. O Inter confirmou a
recuperação, acumulou duas
vitórias e está na 13ª colocação.
A menos de duas horas da
partida, parecia que o jogo não
ocorreria. O árbitro Luis Antônio da Silva Santos indicava essa possibilidade, após inspeção
no gramado. Só que, na hora do
jogo, o juiz fez nova vistoria.
"Está uma maravilha comparado com o estado em que estava antes", avaliou Santos, decidindo pela realização do jogo.
Mas as poças por todo o gramado, principalmente nas laterais do campo, contrariavam
sua declaração. E a intensidade
da chuva aumentou.
Então, as duas defesas se limitavam a chutar bolas para a
frente. No meio-de-campo,
quase todos os toques rasteiros
paravam em poças. Os atacantes recebiam poucas bolas e
não conseguiam concluir em
meio ao excesso de água.
Até o técnico Vanderlei Luxemburgo, que costuma gritar
bastante ao lado do campo, ficou a maior parte do tempo
sentado no banco, escondido
da chuva de Porto Alegre.
Assim, sobravam carrinhos
deslizando na água, que não
eram punidos pelo árbitro
-nem conseguia ver os lances
por causa das poças.
Tanto que, na primeira etapa,
o Santos perdeu 25 bolas, e o
Inter, 27. Para efeito de comparação, os times do Brasileiro,
em média, desperdiçam 38 jogadas em uma partida inteira
até a quarta rodada. E só foram
dez finalizações: o Santos chutou três vezes e errou todas.
As melhores oportunidades
só surgiam em falhas dos goleiros, que não conseguiam controlar a bola pesada e molhada.
E foi em erro do santista Roger,
que substituiu Fábio Costa (está doente), que saiu o gol.
Após o goleiro soltar a bola
na área, Alexandre Pato dominou na marca do pênalti e chutou colocado para abrir o placar, aos 41min. "Quem ganha é
no detalhe. Agora, é seguir dando chutão para cima", analisou
o atacante, reconhecendo o fator sorte sob a chuva.
Já o lateral santista Kléber
afirmou que o Santos tinha que
jogar "de acordo com as condições do campo". Com nova postura, o time paulista até que
melhorou no segundo tempo.
Em vez de toques curtos, os
santistas adotaram cruzamentos altos na área e chutes de
longe. E contaram com mais
força ofensiva, com Moraes no
lugar de Adriano. Levaram perigo ao gol de Clemer, que também soltou algumas bolas.
Mas, na melhor das chances
santistas, Moraes chutou forte
de dentro da área para boa defesa do goleiro do time gaúcho.
E foi novamente em bola largada por Roger, após cobrança
de falta, que o Internacional
ameaçou. Edinho quase marcou no rebote. No final, o Santos pressionou, sem sucesso.
Os santistas voltam a jogar
pelo Campeonato Brasileiro
contra o Juventude, no próximo domingo, em Caxias do Sul.
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