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Fifa fecha o bolso para a segunda Copa no Brasil
Entidade gastará cerca de 1/7 do que o país prevê investir para o Mundial
DO ENVIADO A JOHANNESBURGO
A Fifa gastará pouco mais
de um terço de suas receitas
nos próximos quatro anos
para organizar a Copa-2014.
Aprovado ontem pelo congresso da entidade, o orçamento para o Mundial do
Brasil prevê despesas dos
seus cofres de US$ 1,385 bilhão (R$ 2,55 bilhões).
O número tinha sido definido pelo Comitê Executivo
no início do ano e agora tem
chancela da assembleia.
Esse montante é quase um
sétimo do que o governo brasileiro prevê investir no Mundial -cerca de R$ 17 bilhões.
A conta inclui estádios e infraestrutura, mas exclui segurança e aeroportos.
O total dos gastos da Fifa
no Brasil-2014 também representa 36,4% do total de
suas receitas previsto para o
período. Em compensação, a
Copa é responsável por gerar
92% das rendas da entidade,
que devem totalizar R$ 7 bilhões em quatro anos.
O orçamento sofrerá ajustes, segundo dirigentes da Fifa. O valor a ser recebido pelo
Comitê Organizador Local
(COL), inicialmente de R$
368 milhões, deverá passar
para R$ 866 milhões.
Isso porque, já durante a
fase de candidatura, foi decidido que a Fifa ficaria responsável pela operação e pelas rendas dos ingressos, o
que até 2006 era dividido
com o comitê organizador.
O sistema de negociação
de bilhetes da Match, parceira da Fifa, não funcionou na
África do Sul, com filas e vendas na internet sem grande
procura. Mas a entidade deve
mantê-la nesse serviço para a
Copa do Mundo no Brasil.
"A venda de ingressos é
muito complicada. Vamos
olhar mais de perto desta vez.
E melhorar o sistema", afirmou o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke.
No Brasil, o objetivo é observar as peculiaridades locais antes de definir a forma
de comercialização. A operação envolvendo bilhetes e
acomodações custará R$ 103
milhões, segundo a previsão
do orçamento da Fifa.
"Uma coisa é organizar Copa na Europa. Outra é organizar fora da Europa. A operação é diferente pelas distâncias", explicou Valcke.
O que fica predefinido a
cada Copa, e cresce a cada
edição, é a premiação das seleções participantes. Do dinheiro a ser gasto pela Fifa
no Brasil, R$ 836 milhões serão destinados para as 32 seleções que participarem da
fase final do Mundial.
A segunda Copa do Mundo
em solo brasileiro vai começar a andar, de fato, em julho
e agosto, depois do fim do
evento na África do Sul.
Tanto que está previsto
que a Fifa instale escritório
no país já nesse período.
A previsão é de 20 pessoas
para trabalhar no local. O
custo inicial dessa base está
orçado em R$ 29,5 milhões.
(RODRIGO MATTOS)
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