São Paulo, domingo, 11 de julho de 2004

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Gil e Rogério, de novo, ditam vitória do Corinthians

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

A dupla Gil e Rogério salvou o Corinthians ontem de novo. O volante cobrou o pênalti sofrido pelo atacante, no segundo tempo, e assegurou a vitória por 1 a 0 sobre o Paraná, no Pacaembu.
Pela primeira vez, a equipe paulista conseguiu duas vitórias seguidas no Brasileiro deste ano.
Na quarta-feira, os corintianos bateram o Coritiba, de virada, por 2 a 1. Na ocasião, os gols foram feitos por Gil e Rogério.
"Não é a minha reabilitação, é a do Corinthians", disse Gil, que chegou a ficar sete meses sem conseguir marcar um gol.
Os corintianos se mantiveram fora da zona de rebaixamento.
"Temos que evoluir aos poucos. Primeiro encostar no bloco intermediário, depois nos líderes", afirmou Tite. Os comandados dele deram também o segundo passo para cumprir a meta estabelecida por eles antes do confronto com o Coritiba: conquistar nove pontos em três jogos. Agora falta bater o Criciúma, na terça-feira.
No primeiro tempo, o Paraná foi mais ofensivo. Fez dez finalizações, contra seis dos corintianos. Porém os visitantes só acertaram um desses arremates. Os paulistas concluíram duas vezes com precisão na etapa inicial.
As melhores chances do time de Tite aconteceram nos contra-ataques, graças ao atacante Gil. Marcado individualmente por Beto, ele recebeu uma falta para cada um dos quatro dribles que aplicou nos primeiros 45 minutos.
Com essas quatro infrações, Beto foi para o vestiário como o jogador mais faltoso. Ele só levou o cartão amarelo aos 43min.
Além das jogadas de Gil pela esquerda, o Corinthians tentou pela direita com o meia Fábio Baiano, o mais acionado do time na etapa inicial, com 16 bolas recebidas.
Os corintianos voltaram para o segundo tempo tentando jogar mais pelas laterais. Os alas Rosinei e Zé Carlos foram pouco acionados no primeiro tempo.
Mas a equipe paulista voltou a cometer um erro que motivou críticas de Tite no intervalo: o excesso de passes para os lados e para trás. "Quando falta objetividade você não consegue criar oportunidades", reclamou o técnico.
Rosinei e Fábio Baiano foram os que mais tentaram seguir as orientações de Tite no começo da etapa final. Com rápidas trocas de passes, eles criaram chances, mas falharam na pontaria.
Mas, na tentativa de evitar um contra-ataque, Rosinei fez falta e recebeu o seu terceiro cartão amarelo -ele não pega o Criciúma.
Insatisfeito, Tite demorou apenas dez minutos para mexer na equipe. Aos 10min, tirou Marcelo Ramos, que não marca um gol desde 5 de maio, e colocou Jô. O reserva não balança a rede desde o dia 16 de maio, na vitória sobre o Guarani, no Nacional.
Pouco depois de entrar, Jô iniciou, pela direita, a jogada que originou o gol. Ele tocou para Fábio Baiano, que serviu Gil. O atacante driblou Cláudio e sofreu o pênalti.
Aos 18min, Rogério cobrou, sem chance para Flávio. Foi seu quinto gol no Brasileiro. Capitão corintiano, ele é também o principal goleador do time no Nacional.
"Nunca passou pela minha cabeça ser artilheiro da equipe. Não é minha meta", disse Rogério.
Depois de marcar o gol, o Corinthians recuou e passou a se arriscar apenas quando partia nos contra-ataques. E o final foi dramático, como ocorrera com o Coritiba, com várias chances desperdiçadas pelo adversário.



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