São Paulo, domingo, 11 de julho de 2004

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Dirigentes são o maior obstáculo para mudanças

DO ENVIADO A SILVERSTONE

As sugestões de Nigel Mansell para apimentar a F-1 já passaram algumas vezes pela pauta de reuniões da FIA (entidade máxima do automobilismo). Mas foram derrubadas pelos mesmos adversários: os chefes das equipes.
Na visão dos dirigentes, cortar parte da tecnologia elevaria os custos da categoria. Hoje, como disse Mansell, é difícil ver um câmbio quebrar. Os times alegam que a volta ao sistema manual implicaria mais quebras e, portanto, mais gastos.
Outra alegação usada é a de que os pilotos, hoje, já chegam das categorias de base com uma formação "tecnológica". Não saberiam, segundo os dirigentes, operar sistemas mais rudimentares. E isso também aumentaria as quebras -e os custos, claro.
E foi essa resistência dos chefes de equipe que derrubou, há duas semanas, Max Mosley, presidente da FIA. O inglês, que dirige o automobilismo mundial desde 91, pediu renúncia da entidade um ano antes do término do mandato.
"Os chefes de equipe só pensam nos seus próprios interesses, nos seus carros, nos seus investidores. Esqueceram o esporte", declarou Mosley, em Magny-Cours, ao explicar os motivos de sua decisão. (FSX)



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