São Paulo, domingo, 11 de julho de 2004

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FUTEBOL

Torneio derrubou técnicos, aposentou estrelas e deu início a um novo ciclo em várias seleções que devem ir à Copa

Eurocopa redesenha a corrida por 2006

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Eurocopa acabou faz uma semana, mas o seu legado valerá muito até a Copa de 2006.
O torneio europeu de seleções alterou sensivelmente várias equipes que deverão estar no Mundial que acontecerá na Alemanha.
A própria seleção anfitriã vai ter que começar seu trabalho do zero. Único país já classificado para a Copa, a Alemanha tentará seu quarto título mundial sem Rudi Völler, treinador que deixou o comando da seleção após o fracasso ainda na primeira fase da Euro.
Os alemães têm alguns treinadores em evidência, como Otto Rehhagel. Porém o técnico campeão europeu, que tem contrato acertado com a Grécia até 2006, ainda não deu sinal positivo à federação alemã. Dentre os cotados para dirigir a seleção da casa na Copa, estão Lotthar Matthäus, técnico da Hungria, e Morten Olsen, treinador da Dinamarca.
Itália e Espanha são potências européias que também estão começando do zero seus trabalhos rumo à Copa de 2006. Os dois países, no entanto, já definiram os seus novos comandantes. Marcel-lo Lippi treinará a ""Squadra Azzurra", e Luis Aragonés tomou o controle da chamada ""Fúria".
A Holanda foi às semifinais da Eurocopa, mas a campanha não convenceu os torcedores. A pressão fez com que Dick Advocaat deixasse a equipe ainda sem rumo. Os holandeses deverão sofrer ainda com a aposentadoria de alguns de seus principais jogadores, como Frank de Boer, Stam, Van der Sar e Overmars.
Situação parecida com a da Holanda vive Portugal. O anfitrião da Eurocopa conseguiu segurar Luiz Felipe Scolari até 2006, mas a equipe deverá agora passar por eliminatórias sem a ajuda de alguns de seus mais consagrados atletas, como Rui Costa -além dele, Figo e Fernando Couto podem não vestir mais a camisa da seleção vice-campeã européia.
A França, considerada a mais poderosa seleção européia da atualidade pelos jogadores que possui -era a grande favorita para a Euro-, corre o risco de perder Zidane, o melhor jogador do planeta. Além dele, toda uma vitoriosa geração vai se despedindo. O zagueiro Desailly já disse adeus.
A Croácia, que já chegou a ficar em terceiro lugar em Mundial, foi outra equipe que ficou sem técnico e sem rumo após a Euro que mais surpresas teve na história.
Além de equipes de bom poderio que não jogaram a Eurocopa, como Turquia e Romênia, as eliminatórias para o Mundial de 2006 verão equipes pouco badaladas em grande ascensão. É o caso da Grécia e da República Tcheca, equipe que fez ótima campanha até a semifinal da Euro -venceu seus quatro primeiros jogos, sendo que três desses de virada.
São 51 países lutando por 13 vagas nas eliminatórias européias para a Copa. Até o Cazaquistão disputa agora uma vaga no Mundial nas eliminatórias do velho continente, que não sabia até agora o que era ""dança de técnicos".


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