São Paulo, quarta-feira, 11 de julho de 2007

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iluminado

Lugano esbarra em Doni, e Brasil supera Uruguai

Como na semifinal de 3 anos atrás, seleção vai à final após vencer nos pênaltis

Brasil 2
Uruguai 2

Antônio Gaudério/Folha Imagem
Robinho, que passou em branco no tempo regulamentar, vibra ao marcar na disputa de pênaltis


RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A MARACAIBO

A seleção brasileira venceu o Uruguai nos pênaltis ontem na Venezuela após empate de 2 a 2 no tempo normal e segue assim a trilha da Copa América de 2004, quando foi campeã continental jogando no Peru.
A equipe do técnico Dunga espera agora o vencedor do confronto entre Argentina e México, que se medem hoje. A decisão do torneio será no domingo em Maracaibo, mesmo palco da partida de ontem.
Na semifinal da Copa América passada, o Brasil também havia superado o Uruguai nos pênaltis, mas após um 1 a 1. Para ampliar as coincidências com 2004, há três anos a seleção passou em segundo lugar em seu grupo e goleou nas quartas. Após eliminar o Uruguai no penúltimo mata-mata, só falta a Argentina para o bis.
Pela primeira vez desde o início com a mesma a formação do jogo anterior, o Brasil partiu para cima do Uruguai usando muito as jogadas pelas laterais, em especial pelo lado direito.
Maicon, um dos destaques do jogo, era um dos titulares na semifinal de 2004 que atuaram ontem -o outro era Juan. Foi o lateral-direito que abriu o marcador, ainda aos 13min, após aproveitar rebote do goleiro Carini e completar quase livre.
O poderio ofensivo do time de Dunga, tão questionado na fase de grupos, mostrava-se bem nesse lance, com um volante e um lateral chegando quase juntos na cara do gol.
Uma paralisação da partida por queda de energia acabou dando mais força ao Uruguai, que estava acuado. Com o bom Cristian ""Cebolla" Rodríguez caindo pela esquerda, assim como Forlán, o time uruguaio cresceu e criou seguidas chances para empatar.
O gol da igualdade veio aos 49min (contando o tempo de paralisação). Recoba bateu escanteio, Doni espalmou, e Forlán pegou o rebote para marcar. Ainda no esticado primeiro tempo, Júlio Baptista, o armador de Dunga, deixou o Brasil de novo em vantagem. Maicon cobrou bem falta pela direita, a bola cruzou a área, e o ex-são-paulino escorou: 2 a 1 no placar.
O técnico do Uruguai, Oscar Tabárez, mexeu no time na segunda etapa com as entradas de Abreu e González. O primeiro fez o gol do empate aos 25min, e o segundo deu o ritmo que o talentoso Recoba não conseguiu dar na etapa inicial.
O empate veio em outra jogada pela esquerda. ""Cebola" cruzou para Forlán, que desviou de cabeça. Abreu marcou meio de carrinho o 2 a 2.
Dunga trocou então peças importantes. Sacou Josué e colocou Fernando. Na armação, deu vez a Diego no lugar de Júlio Baptista. Na frente, tirou Vágner Love e pôs Afonso.
O jogo se encaminhou então para a disputa de pênaltis, como ocorreu há três anos.
O Brasil segue sem vencer o Uruguai no tempo regulamentar desde 1999 -em Copa América, os adversários seguem igualados no retrospecto, com nove vitórias para cada lado e agora oito empates. Mas isso pouco importou no fim.
Nos pênaltis, o Brasil ganhou por 5 a 4. Afonso e Fernando acertaram a trave, mas Forlán, Garcia e Lugano falharam. Doni, que era execrado no país, pegou o pênalti decisivo de Lugano, que virou ídolo no Brasil.


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