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FOCO
Fabricante turbina a Jabulani nas redes sociais
MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO
Amada ou odiada, a grande estrela (ou seria vilã?) da
Copa atende pelo nome de
Jabulani. Imprevisível, sobrenatural, Patricinha ou bola de supermercado. Foram
muitas as denominações dadas à bola, cujo nome, em zulu, significa celebração.
Fornecedora das bolas do
Mundial desde 1970, a Adidas sempre centra o marketing na própria. Desta vez,
como no México, deu certo.
A Copa de 70 foi a da bola
feita de pentágonos em preto
e branco, a Telstar. O design
foi pensado para ficar bem
na primeira Copa na TV.
Quarenta anos depois, o
"fator internet" impulsiona a
popularização da bola. "Essa
foi a primeira Copa em que
Twitter e Facebook tiveram
relevância. As informações
se espalharam mais rápido",
diz Paulo Ziliotto, gerente de
marketing da Adidas no país.
Mas como explicar o sucesso de vendas após comentários negativos? "Fomos
bastante ativos nas redes sociais, esclarecendo dúvidas."
"No começo, a Nike ajudou difundindo comentários
negativos", diz o publicitário
Washington Olivetto. "Mas,
depois, virou espontâneo. A
bola tem nome que pegou."
Pegou a tal ponto, diz ele,
que "até a Globo [que proíbe
divulgação de logomarca para não fazer propaganda gratuita] liberou". A vinheta
com Cid Moreira gritando
"Jaabulaaaaniii" virou hit.
Nas duas primeiras semanas de Copa, a Adidas foi a
marca mais citada nos comentários em inglês sobre o
torneio na internet, com
25,1%, contra 19,4% da Nike.
Segundo Ziliotto, no Brasil, a verba da Adidas para a
Copa subiu 30% em relação a
2006. E 50% dela foi para a
internet e redes sociais.
A empresa prevê faturar
1,5 bilhão com artigos de futebol neste ano, 25% a mais
do que no Mundial anterior.
Nesta Copa, já vendeu mais
de 13 milhões de Jabulanis. E
ainda há mais um semestre.
Para 2014, a Adidas diz
que tentará produzir uma bola "mais fácil de controlar".
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