São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 2011

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Passeio sem o ídolo

Sem Kleber, Palmeiras vence Santos com facilidade e volta ao G4

Palmeiras 3
Maikon Leite, aos 20min, Maurício Ramos, aos 28min, e Patrik, aos 45 do 1º tempo

Santos 0


ADRIANO WILKSON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

Kleber é o artilheiro do Palmeiras na temporada, com 16 gols. Kleber é ídolo da torcida entre os jogadores de linha, superado no elenco apenas pelo goleiro Marcos. Kleber, argumentando sentir uma lesão não detectada pelo departamento médico do Palmeiras, recusou-se a jogar ontem contra o Santos.
Mas não fez falta. Sem o atacante, o Palmeiras venceu o atual campeão da Libertadores -com uma equipe bem distante daquela que derrotou o Peñarol há 20 dias, diga-se- por 3 a 0.
O resultado põe o time de Luiz Felipe Scolari no G4 e mantém uma invencibilidade de dois anos sobre o rival: cinco vitórias e dois empates.
O Santos, após sua terceira derrota e com dois jogos a menos, volta a flertar com a zona de rebaixamento, na 16ª posição. A vitória foi construída com um primeiro tempo impecável. Foram três gols, amplo domínio e quase nenhuma preocupação.
O Santos, sem seus três grandes astros -Neymar, Ganso e Elano estão com a seleção na Copa América- sofreu sem ter substitutos à altura. A falta de opções no elenco é tema cada vez mais frequente das reclamações de Muricy Ramalho.
No Palmeiras, a maior baixa também não teve sua vaga bem preenchida. Dinei mal foi visto em campo.
Em compensação, Luan, alvo constante de vaias das arquibancadas, ontem saiu de campo de bem com a torcida. Não fez gols, mas participou dos três tentos.
Foi dele o passe para Maikon Leite abrir o placar. Depois, quando entrou na área pela esquerda, dividiu bola com a zaga e ganhou um escanteio. Na cobrança, Maurício Ramos fez o segundo.
No final do primeiro tempo, puxou contra-ataque desde o meio-campo. Na conclusão, Patrik chutou forte, no ângulo, e aumentou.
O Santos buscou mais o ataque na etapa final, mas faltou organização. Borges sofreu sem um companheiro que pudesse pensar antes de fazer as jogadas que deveriam chegar em seus pés em condição de finalizar.
Os bancos eram retratos do que se via em campo. Mesmo com a vitória garantida, Scolari não se sentou. Poucos viram Muricy de pé.
No fim, o Palmeiras tocou a bola, e o Santos, em seu primeiro clássico após conquistar a América, ouviu o grito de "olé" sem reagir.


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