São Paulo, quarta-feira, 11 de agosto de 2004

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PINGUE-PONGUE

"Comum", estrela ouve rap e se diverte com seu Cadillac

DO ENVIADO A ATENAS

O frisson na Olimpíada de Atenas é exceção. Na vida que leva em Baltimore, no Estado de Maryland, Michael Phelps se define como um "adolescente comum". Não é tão assediado nem tão reconhecido. E isso o incomoda.
Com a visibilidade que ganhou às vésperas dos Jogos, o nadador pretende trazer os holofotes ao seu esporte. "Quero que a natação seja uma modalidade mais popular nos EUA. Quero que tenhamos ídolos em todos os lugares."
Na entrevista à Folha, concedida antes ir à Grécia, revelou sons favoritos, descreveu seus passeios com o Cadillac da mãe e o famoso torneio gastronômico que trava com amigos no café da manhã. (GR)
 

Folha - Você sempre aparece de olhos fechados e usando fones antes de nadar. É técnica de concentração?
Michael Phelps -
Tento ficar relaxado antes de competir. É importante estar focado, mas às vezes concentração demais traz ansiedade e se torna prejudicial. Tento equilibrar tudo.

Folha - E o que ouve nos fones antes de nadar?
Phelps -
Gosto muito de rap. Atualmente, posso dizer que os músicos que mais escuto são o Outkast e o Cee-lo.

Folha - Com 19 anos, você tem uma rotina incomum. Dá entrevistas sempre e aparece na TV. Como lida com isso?
Phelps -
Não vejo problema. Acho que nem sou tão famoso assim. Na escola, por exemplo, todos sabem que sou um campeão de natação, e nem por isso tenho um tratamento diferenciado dos demais. Sou um adolescente comum.

Folha - Você costuma ir a festas? Tem namorada?
Phelps -
Como disse, tenho uma vida normal. Claro que gosto de sair e me divertir com amigos. No momento, não estou namorando.

Folha - Dizem que você disputa com amigos um torneio para ver quem come mais no café. É verdade?
Phelps -
Isso é uma brincadeira que fazemos às vezes. Já cheguei a comer dois sanduíches de queijo com ovo, omelete, batatas e algumas panquecas de chocolate.

Folha - Seu patrocinador prometeu te dar US$ 1 milhão caso iguale o recorde de sete ouros de Mark Spitz. O que você faria com o dinheiro?
Phelps -
É cedo para dizer. Quando assinei com a Speedo, recebi um dinheiro e dei para minha mãe. Ela comprou um Cadillac. Gostei muito. Sempre que posso, saio para dar umas voltas. É bem legal.

Folha - O que sete ouros significam para você?
Phelps -
Uma medalha de ouro já é algo muito raro. Qualquer coisa além disso é tão fantástico que não consigo quantificar. É demais.


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